Transgredindo arqueologias: Narrativas outras como práticas libertadoras

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24885/sab.v37i2.1143

Palavras-chave:

colonialidades na ciência, Arqueologia, Pedagogia Radical

Resumo

Situando a arqueologia como espaço político de aprendizagem mútua-plural, torna-se evidente a presença do impasse na notória produção hegemônica que limita seus produtos como ciência. Utilizando a pedagogia radical de bell hooks como base, o objetivo deste artigo é discutir abordagens pedagógicas no ensino arqueológico, enfatizando o papel dessa área do saber e chamando atenção ao local de agente ativo em um tempo e localidade diversa. Analisando estruturas de criação epistemológica, o indivíduo construtivo e as intersecções que abarcam dentro de uma ciência arqueológica, a colonialidade no pensar, ensinar e produzir, se faz presente e com raízes resistentes na modernidade. Refletir isto aponta a interrogação: a arqueologia, de fato, pode ser vista como elemento funcional na desconstrução do pensamento colonial?

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Biografia do Autor

Lívia Radane, Universidade Federal de Minas Gerais

Graduanda em Arqueologia pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFICH), Departamento de Antropologia e Arqueologia (DAA). Membro da Rede de Arqueologia Negra e contemplada pela bolsa do Dossiê Arqueologias Negras.

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Publicado

2024-05-15

Como Citar

RADANE, Lívia. Transgredindo arqueologias: Narrativas outras como práticas libertadoras. Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 37, n. 2, p. 44–57, 2024. DOI: 10.24885/sab.v37i2.1143. Disponível em: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/1143. Acesso em: 2 dez. 2024.