Os laços que nos unem: uma história arqueológica do cosmopolitismo africano/yorùbá e suas implicações para a colaboração no Atlântico Sul
DOI:
https://doi.org/10.24885/sab.v37i2.1196Palavras-chave:
Arqueologia da África, métodos interdisciplinares, história atlântica, cosmopolitismo, diáspora africanaResumo
Esta transcrição adapta a palestra de abertura ministrada por Akinwumi Ogundiran durante o evento da Sociedade Brasileira de Arqueologia (SAB), explorando a riqueza do cosmopolitismo africano/iorubá por meio da arqueologia, ao mesmo tempo que destaca as ligações históricas e culturais profundas entre a África e o Brasil no âmbito do Atlântico Sul. Através de evidências arqueológicas, linguísticas e etnográficas, Ogundiran demonstra como as sociedades africanas, particularmente a iorubá, estabeleceram sistemas complexos de governança, práticas religiosas e inovações tecnológicas que influenciaram e foram influenciadas pelas dinâmicas transatlânticas. A palestra enfatiza a necessidade de estudos interdisciplinares de longa duração tanto no continente africano quanto na análise da formação de identidades diaspóricas afro-brasileiras resultantes dessas trocas culturais, sublinhando a contribuição significativa do cosmopolitismo africano na criação de identidades culturais nos dois lados do Atlântico. A palestra realça a importância de reconhecer as contribuições africanas para a história global e propõe um fortalecimento na colaboração entre arqueólogos brasileiros e africanos para investigar mais profundamente a arqueologia da África e suas conexões transatlânticas.
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