Engenho do Camorim

Arqueologia de um espaço açucareiro no Rio de Janeiro seiscentista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24885/sab.v33i1.706

Resumo

Um dos engenhos mais antigos do Rio de Janeiro, implantado na antiga Baixada de Jacarepaguá no início do século XVII, o Engenho do Camorim foi alvo de detida pesquisa arqueológica, que incluiu o levantamento arquitetônico da casa de vivenda e escavações sistemáticas, as quais revelaram o espaço produtivo e os materiais dele descartados. Os resultados permitiram caracterizar diferentes aspectos desse complexo açucareiro, no que se refere à sua implantação na paisagem, edificações que o compunham e a cultura material a eles relacionada; e, ainda, acessar a materialidade de nativos e africanos nele utilizados como mão-de-obra, construindo assim um quadro bastante completo sobre um engenho tão remoto, cronológica e geograficamente, no contexto do Rio de Janeiro colonial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ABREU, Maurício de Almeida. 2010. Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700), v. 2. Rio de Janeiro, Andrea Jacobsson Estúdio.

ARAUJO, Carlos. 1995. Jacarepaguá de antigamente. Belo Horizonte: Carol Borges Editora.

AGOSTINI, Camilla. 1998. Resistência cultural e reconstrução de identidades: um olhar sobre a cultura material de escravos do século XIX. Revista de História Regional 3(2): 115-137.

CALADO, Rafael Salinas. 2013. Faiança Portuguesa. Lisboa, Correios de Portugal.

CASIMIRO, Tania. 2013. Faiança portuguesa: datação e evolução crono-estilística. Revista Portuguesa de Arqueologia, v. 16, p. 351–367.

CORRÊA, Magalhães. 1936. O Sertão Carioca. Rio de Janeiro, Ed. Imprensa Nacional.

DEETZ, James. 1977. In small thins forgotten. New York, Anchor Books.

FRIDMAN, Fania. 1999. Donos do Rio em Nome do Rei. Uma história fundiária da cidade do Rio de Janeiro. 2ª ed. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, Garamond.

GALLOWAY, Patricia. 2006. Material culture and text: exploring the spaces within and between. In: M. Hall & S.W. Silliman (Eds.), Historical Archaeology. Malden: Blackwell, p. 42-64.

LA SALVIA, Fernando; BROCHADO, José Proença. 1989. Cerâmica Guarani. Porto Alegre, Posenato Arte & Cultura, 2ª ed.

LIMA, Tania Andrade. 2002. Os marcos teóricos da Arqueologia Histórica, suas posibilidades e limites. Estudos Ibero-Americanos, PUCRS, v. XXVIII, 2: 7-23.

LIMA, Tania Andrade. 2011a. Keeping a Tight Lid: The Architecture and Landscape Design of Coffee Plantations in Nineteenth-Century Rio de Janeiro, Brazil. Review (Fernand Braudel Center), Rethinking the Plantation: Histories, Anthropologies and Archaeologies, v.34, Nº 1/2.

LIMA, Tania Andrade. 2011b. Relatório Final de Diagnóstico de Potencial e Levantamento Arqueológico do Campus Fiocruz da Mata Atlântica, depositado na Superintendência do Iphan no Rio de Janeiro.

LIMA, Tania Andrade. 2016. A meeting place for urban slaves in eighteen-century Rio de Janeiro. Journal of African Diaspora Archaeology and Heritage, 5(2): 102-146.

LIMA, Tania Andrade; LOCKS, Martha. 2016. Comendo o que ninguém quer: consumo de cabeça de boi entre escravos urbanos do Rio de Janeiro, século XVIII. In CODEVILHA, F. (ed.), Comida, cultura e sociedade: arqueologia da alimentação no mundo moderno. Recife, Universidade Federal de Pernambuco.

MORGADO, Paulo Jorge; SILVA, Ricardo Costeira da; FILIPE, Sónia Jesus. 2012. A cerâmica do açúcar de Aveiro. Recentes achados na área do antigo bairro das olarias. Velhos e Novos Mundos. Estudos de Arqueologia Moderna, Lisboa, Centro de História de Além-Mar, Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa, v.2.

ORSER, Charles E.; FAGAN, Brian M. 1995. Historical Archaeology. New York, Harper Collins.

PEIXOTO, Sílvia Alves; LIMA, Tania Andrade. 2018. O sistema alimentar da cidade do Rio de Janeiro no século XVIII - (III): As louças destinadas ao serviço e consumo de alimentos. In SOARES, C. & RIBEIRO, C. (Coords.) Mesas luso-brasileiras: alimentação, saúde e cultura, PUCPRESS, Imprensa da Universidade de Coimbra. v.2, pp. 333-351.

RICE, Prudence M. 1987. Pottery Analysis: A Sourcebook. The University of Chicago Press, Chicago and London.

RUDGE, Raul Telles. 1983. As Sesmarias de Jacarepaguá. São Paulo, Livraria Kosmos Editora S.A.

SANTOS, Rita de Cássia; COSTA, Flávia. 2015. Cultura Material Indígena em Pernambuco (Fulni-ô, Kapinawá, Pankararu e Xucuru). Relatório referente ao projeto Cultura Material Indígena em Pernambuco.

SHEPARD, Anna O. 1971. Ceramics for the Archaeologist. Carnegie Institution of Washington, Washington D.C.

SILLIMAN, Stephen. 2010. Indigenous traces in colonial spaces Archaeologies of ambiguity, origin, and practice. Journal of Social Archaeology, 10(1).

SOUSA, Élvio Duarte Martins. 2006. A Cerâmica do Açúcar das Cidades de Machico e do Funchal. Dados Históricos e Arqueológicos para a Investigação da Tecnologia e da Produção Açucareira em Portugal. A Cerâmica do Açúcar em Portugal na Época Moderna – Colecção “Mesa Redonda”. Lisboa/Machico. 1, pp. 9-31.

SOUZA, Marcos André Torres de; LIMA, Tania Andrade. 2016. Hibridismo e inovação em cerâmicas coloniais do Rio de Janeiro, séculos XVII e XVIII. Urbania. Revista latinoamericana de arqueología e historia de las ciudades, Buenos Aires, Arqueocoop Ltda, Nº 5: 21-60.

VIANNA, Hélio. 1992. Baixada de Jacarepaguá: Sertão e Zona Sul. Rio de Janeiro: Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes: Departamento Geral de Patrimônio Cultural.

WILKIE, Laurie. 2006. Documentary Archaeology. In HICKS, D. & BEAUDRY, M.C. (Eds.), The Cambridge Companion to Historical Archaeology. Cambridge, Cambridge University Press, pp. 13-33.

ZARANKIN, Andrés. 1999. Casa Tomada; sistema, poder y vivienda domestica. In ZARANKIN, A. & ACUTO, F. (Eds.), Sed Non Satiata; Teoría Social en la Arqueología Latinoamericana Contemporánea. Buenos Aires, Del Tridente, pp. 239-272.

Downloads

Publicado

2020-04-25

Como Citar

PEIXOTO, Sílvia Alves; LIMA, Tania Andrade. Engenho do Camorim: Arqueologia de um espaço açucareiro no Rio de Janeiro seiscentista. Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 33, n. 1, p. 98–125, 2020. DOI: 10.24885/sab.v33i1.706. Disponível em: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/706. Acesso em: 30 abr. 2025.

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)