Monitorando transformações
Arqueologia do Morro do Castelo, Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.24885/sab.v33i1.723Palavras-chave:
Arqueologia Urbana, Arqueologia Preventiva, Morro do CasteloResumo
Este artigo apresenta uma sequência de trabalhos de arqueologia urbana, realizados preventivamente no entorno do antigo Morro do Castelo, no centro do Rio de Janeiro, na circunstância das grandes transformações que ocorreram na região, na última década. Berço da cidade, no seu topo foi implantado seu núcleo embrionário, por razões defensivas, em 1567. O Morro atravessou os séculos até ser derrubado, na década de 1920, em meio a fortes polêmicas que dividiram a sociedade à época, para dar lugar ao projeto de modernidade materializado na Exposição Internacional de 1922, em comemoração ao centenário da Independência do Brasil. São apresentados os achados, um deles preservado como um marco da história da cidade, e discutido o significado simbólico do desmonte do Castelo.
Downloads
Referências
ABREU, Maurício de Almeida. 2010. Geografia Histórica do Rio de Janeiro (1502-1700), vol. I. Rio de Janeiro, Andrea Jacobsson Estúdio.
BARREIROS, Eduardo Canabrava. 1965. Atlas da evolução urbana da cidade do Rio de Janeiro (1565 – 1965). Rio de Janeiro, Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro.
BENCHIMOL, Jaime Larry. 1992. Pereira Passos: um Haussman tropical. Rio de Janeiro, Secretaria Municipal de Cultura, Turismo e Esportes / Departamenteo Geral de Documentação e Informação Cultural, Divisão de Editoração.
CARDOSO, Maria Helena Cabral de Almeida. 1989. A herança arcaica do Jacobinismo. In Anais do Congresso Nacional de História da Propaganda, Proclamação e Consolidação da República. Rio de Janeiro: IHGB, p. 53-76.
CARVALHO, José Murilo. 1987. Os Bestializados. O Rio de Janeiro e a república que não foi. São Paulo: Cia. das Letras.
CASTRO, Adler Homero Fonseca de. 2010. Parecer 09/2010, Departamento de Proteção Material – DEPROT / IPHAN, de 26 de julho de 2010.
CAVALCANTI, Nireu. 2004. O Rio de Janeiro Setecentista. A vida e a construção da cidade da invasão francesa até a chegada da Corte. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Ed.
COARACY, Vivaldo. 1988. Memórias da Cidade do Rio de Janeiro. Coleção Reconquista do Brasil, v. 132. Belo Horizonte: Itatiaia, São Paulo:Edusp.
DICKENS, Roy Selman (ed.). 1982. Archaeology of Urban America: the search for pattern and process. New York, Academic Press.
FOLEY, Vincent P. 1967. Pré-1800 Historic Sites-urban. Historical Archaeology 1:43-46.
FUNCK, Jacques. 1768. Relation Générale de toutes les forteresses de Rio de Janeiro. 7 de outubro de 1768. Mss Biblioteca Nacional.
FUNCK, Jacques. 1770. Project pour aggrandir le Arsenal du Trem a Rio de Janeiro avec un cour additional, hangars e d’autres bâtimens pour loger l’artillerie & la munition nécessaire de cette place. Rio de Janeiro, 28 de fevereiro de 1770. Mss. Biblioteca Nacional.
HAHNER, June E. 1976. Jacobinos versus Galegos: Urban Radicals versus Portuguese Immigrants in Rio de Janeiro in the 1880’s. Journal of Interamerican Studies and World Affairs, 18(2):125-54.
INGERSOLL, Daniel W. 1971. Problems of urban historical archaeology. Man in the Northeast 1(2): 66-74.
LIMA BARRETO, Afonso Henriques. 1920. Megalomania. Revista Careta, 28 de agosto de 1920.
LIMA, Tania Andrade. 1994. De morcegos e caveiras a cruzes e livros: a representação da morte nos cemitérios cariocas do século XIX (estudo de identidade e mobilidade sociais). São Paulo, Anais do Museu Paulista, História e Cultura Material, Nova Série, 2:87-150.
LIMA, Tania Andrade. 2011. Comunicação feita à mesa redonda A formação de acervos em Arqueologia no Brasil, II Encontro Regional de Estudantes de Arqueologia do Nordeste, III Erearq, realizado na Universidade Federal do Piauí, em Teresina, nos dias 16 e 17/05/2011.
LIMA, Tania Andrade; ALCÂNTARA, Dora de; SENE, Glaucia Malerba & MORGADO, Andrea Jundi. 2008. Portugal sai de cena, cai o Morro do Castelo. Uma arqueologia urbana do berço do Rio de Janeiro. Comunicação feita ao II Fórum Luso-Brasileiro de Arqueologia Urbana, realizado na Universidade de Coimbra entre os dias 09 e 11 de outubro de 2008.
LIMA, Tania Andrade; SENE, Glaucia Malerba; MORGADO, Andrea Jundi. 2010. Arqueologia Urbana: antídoto contra amnesias sociales. Comunicação feita ao XVII Congreso Nacional de Arqueologia Argentina, realizado na Facultad de Filosofia y Letras de la Universidad Nacional de Cuyo, em Mendoza, Argentina, entre 11 e 15 de outubro de 2010.
LIMA, Tania Andrade; SENE, Glaucia Malerba; MORGADO, Andrea Jundi. 2010. Arqueologia Urbana: antídoto contra amnesias sociales”. In: BÁRCENA, J. Roberto y CHIAVAZZA, Horacio (eds.). Arqueología Argentina en el Bicentenario de la Revolución de Mayo, XVII Congreso Nacional de Arqueología Argentina. Mendoza, Zeta Editores, Tomo III, Capítulo 19, pp. 999-1004.
MOTTA, Marly Silva da. 1992. A Nação faz 100 anos: a questão nacional no centenário da independência. Rio de Janeiro, Fundação Getúlio Vargas / CPDOC.
MUZZI, Amanda G. 2008. Monarquistas restauradores e jacobinos: ativismo político. Estudos Históricos, 21(42):284-302.
NONATO, José Antonio & SANTOS, Núbia M. 2000. Era uma vez o morro do Castelo. Rio de Janeiro, Iphan.
PLANTA desde o princípio do Largo do Paço até o Arsenal Real do Exército, janeiro de 1820. Mss. Arquivo Histórico do Exército.
QUEIROZ, Sueli Robles Reis de.1986. Os radicais da República. Jacobinismo: ideologia e ações. 1893-1897. São Paulo: Brasiliense.
QUEIROZ, Sueli Robles Reis de. 1989. O Jacobinismo na Primeira República: reforma ou revolução? In. Anais do Congresso Nacional de História da Propaganda, Proclamação e Consolidação da República. Rio de Janeiro: IHGB, 2º volume, p. 227-38.
REIS FILHO, Nestor Goulart. 1968. Evolução urbana do Brasil (1500 – 1720). São Paulo, Pioneira.
SALWEN, Bert. 1973. Archaeology in Megalopolis, Updated assessment. Journal of Field Archaeology, 5:453-59.
SANTOS, Luiz Gonçalves dos (Padre Perereca). 1981. Memórias para servir à História do Reino do Brasil. Tomo I. Belo Horizonte/São Paulo, Itatiaia/Edusp.
SEVCENKO, Nicolau. 2003. Literatura como missão: tensões sociais e criação cultural na Primeira República. São Paulo: Companhia das Letras.
STASKI, Edward. 1982. Advances in Urban Archaeology, In: SCHIFFER, Michael B. (ed.), Advances in Archaeological Method and Theory, vol. 5, New York, Academic Press, pp 97-149.
STASKI, Edward (ed.). 1987. Living in Cities: Current Research in Urban Archaeology. Historical Archaeology, Special Publication Series 5.
VIEIRA FAZENDA, José. 2011. “Águas do Monte”. In: Antiqualhas e memórias do Rio de Janeiro. Revista do IHGB, tomo 88, vol. 142 [1920], Documenta Histórica.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Tania Andrade Lima, Glaucia Malerba Sene, Andrea Jundi Morgado

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.