O falo nos espaços públicos de Rio Grande, RS, Brasil
falocentrismo e a masculinidade hegemônica
DOI:
https://doi.org/10.24885/sab.v34i1.729Palavras-chave:
Arqueologia Queer, masculinidade, falocentrismoResumo
O que se pretende neste trabalho é discutir as representações e simbologias atreladas ao falo que estão presentes na arquitetura dos espaços públicos do município de Rio Grande, RS, assim como os significados atribuídos a essas materialidades e ao próprio pênis em uma sociedade pautada pelo falocentrismo. Foram feitas análises das representações fálicas em fotografias. Para tanto, utilizaremos como via de interpretação a Arqueologia sob uma perspectiva Queer, por ser capaz de nos informar, nos dizer sobre como a sociedade constrói um modelo hegemônico de masculinidade e como o discurso falocêntrico compõe as materialidades no espaço urbano.
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