Arqueologias nas redes sociais
o passado representado em tempos de pandemia
Palavras-chave:
comunicação da arqueologia, divulgação científica, redes sociaisResumo
Com a Pandemia do COVID-19, uma expressiva parcela das atividades acadêmicas e de Divulgação Científica começou a se desenvolver em ambientes virtuais, intensificando ou dando origem a novos processos comunicativos. Palestras, aulas, simpósios, congressos, entre outros, passaram a estar disponíveis em plataformas fechadas ou em redes sociais, como Instagram, YouTube ou Facebook. Esses processos comunicativos também se intensificaram na Arqueologia, abarcando tanto ações de Divulgação Científica como de Difusão Científica. Com o intuito de compreender esse novo cenário da comunicação da Arqueologia, apresento, em primeiro lugar, dados que evidenciam o significativo aumento do consumo de Redes Socais a partir do início da Pandemia. Em seguida, estabeleço um breve panorama a respeito do expressivo aumento das postagens relativas à Arqueologia em Redes Sociais (Instagram, YouTube ou Facebook), bem como uma observação das páginas do Instagram do Museu de Arqueologia e Etnologia da USP, do Museu Nacional da UFRJ, do Museu de História Natural do Jardim Botânico UFMG e do Museu Paraense Emílio Goeldi. Por fim, a partir de uma pesquisa inicial da #arqueologia no Instagram, proponho uma reflexão breve sobre as representações do passado que vêm sendo associadas à Arqueologia nas redes sociais.
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