Materiais e fluxos na Amazônia Colonial
evidências da presença de africanos escravizados no Sítio Aldeia (Santarém, Pará)
DOI:
https://doi.org/10.24885/sab.v32i2.690Palavras-chave:
Cultura Material, Arqueologia Histórica, Arqueologia da EtnicidadeResumo
O estudo da materialidade pode revelar aspectos sociais e econômicos relacionados à arqueologia da etnicidade quando situado em seu contexto histórico. Nesse sentido, escolhas tecnológicas, decorações plásticas aplicadas à cerâmica utilitária, vasilhames do tipo “monkey jars” e a interpretação das demais categorias materiais evidenciam um contexto relacionado ao fluxo de materiais na região de Santarém (Pará) durante os séculos XVIII e XIX. Tais fluxos demonstraram, além dos indígenas, a presença de africanos escravizados na Amazônia Colonial. O objetivo deste trabalho é abordar o contexto da Diáspora Africana com dados sobre zonas de captura, taxas de embarque e reembarque e elementos da cultura material capazes de revelar a agência dessas pessoas sujeitas à diferença colonial.
Downloads
Referências
ACEVEDO, Rosa; CASTRO, Edna. 1998. Negros do Trombetas: guardiães de matas e rios. Belém: Cejup/UFPA-NAEA.
A VOZ DO AMAZONAS. 1842, 17 de Dez. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
A VOZ DO AMAZONAS. 1843a, 01 de Jul. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
A VOZ DO AMAZONAS. 1843b, 11 de Ago. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
A VOZ DO AMAZONAS. 1843c, 09 de Set. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
A VOZ DO AMAZONAS. 1843d, 25 de Nov. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
A VOZ DO AMAZONAS. 1844, 17 de Fev. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
ALLEN, Scott Joseph. 2013. The movement of people and things in the Capitania de Pernambuco: Challenges for archaeological interpretation. In: Archaeologies of Mobility and Movement. Springer, New York, NY. p. 31-46.
ARQUIVO PÚBLICO DO ESTADO DO PARÁ, 1860. Processos judiciais. Códices: BRPAAPEP.JMSAN.AUJU.CX0001.P001.D001.0024-25.
BATES, Henry Walter. 1863. The naturalist on the River Amazons.
BEAUDRY, Mary C.; PARNO, Travis G. (Ed.). 2013. Archaeologies of mobility and movement. Springer Science & Business Media.
BROWN, Charles Barrington; LIDSTONE, William. 1878. Fifteen thousand miles on the Amazon and its tributaries. E. Stanford.
BRYAN, Patrick. 2000. Inside Out and Outside In: Factors in the Creation of Contemporary Jamaica. Grace Kennedy Foundation Lecture, Kingston, Jamaica.
CHAMPNEY, James Wells. 1860. Travels in the North of Brazil. Acervo Digital da Biblioteca Nacional. Disponível em: http://www.bndigital.bn.gov.br//acervo-digital.
COSTA, Diogo Menezes. 2016. Arqueologia dos africanos escravos e livres na Amazônia. Vestígios – Revista Latinoamericana de Arqueologia Histórica. Vol. 10(1). Jan-Jun.
COSTA, Diogo Menezes. 2017. Arqueologia Histórica Amazônida. Revista de Arqueologia, v. 30, n. 1, p. 154-174.
DECORSE, Christopher R. 1989. Beads as chronological indicators in West African archaeology: A reexamination. Beads: Journal of the Society of Bead Researchers, v. 1, n. 1, p. 41-53.
EDGEWORTH, Matt. 2011. Fluid pasts: archaeology of flow. Bristol: Bristol Classical.
ESCATE, Luis Reyes. 2015. No Somos Cholas y Llevamos Polleras: Debates sobre las Construcciones de Identidad Tocañera, La Paz-Bolivia. RAM.
FENNELL, Christopher C. 2007. BaKongo identity and symbolic expression in the Americas. Archaeology of Atlantic Africa and the African Diaspora, Indiana University Press, Bloomington, p. 199-232.
FRIAS, David Correia Sanches de. 1883. Uma viagem ao Amazonas. Typographia de Mattos Moreira & Cardosos.
GALLOIS, Dominique Tilkin. 1994. Mairi revisitada: a reintegracao de fortaleza de macapa na tradicao oral dos waiapi. Tese.
GALKE, Laura J., 2009. Colonowhen, colonowho, colonowhere, colonowhy: Exploring the meaning behind the use of colonoware ceramics in nineteenth-century Manassas, Virginia. International Journal of Historical Archaeology, 13(3), p.303.
GOMES, Flávio dos Santos. 1997. A hidra e os pântanos: quilombos e mocambos no Brasil (secs. XVII-XIX). Tese.
GOMES, Flávio dos Santos; GLEDHILL, H. Sabrina. 2002. A" Safe Haven": Runway Slaves, Mocambos, and Borders in Colonial Amazonia, Brazil. Hispanic American historical review, v. 82, n. 3, p. 469-498.
GOMES, Flávio; SCHWARCZ, Lilia. Amazônia escravista. 2018. In: GOMES, Flávio; SCHWARCZ, Lilia (org.) Dicionário da escravidão e liberdade: 50 tons críticos. São Paulo: Companhia das Letras.
GOUCHER, Candice; AGORSAH, Kofi. 2011. The Significance of Maroons in Jamaican Archaeology. In: Out of Many, one People: The Historical Archaeology of Colonial Jamaica. The University of Alabama Press. p. 14-160.
HAMBLIM, Kerron.;CALLENDER, Allison. 2013 Are you connected? Building the museum experience. ICOM News - The International Council of Museums Magazine. Vol 66. n.3-4.
HAUSER, Mark W. 2011. Locating Colonial Economies and Local Ceramics. In: Out of Many, one People: The Historical Archaeology of Colonial Jamaica. The University of Alabama Press. p. 163-182.
HAUSER, Mark W.; DECORSE, Christopher R. 2003. Low-fired earthenwares in the African diaspora: problems and prospects. International Journal of Historical Archaeology, v. 7, n. 1, p. 67-98.
HAUSER, Mark William; DELLE, James A.; ARMSTRONG, Douglas V. 2011. Introduction: Historical Archaeology in Jamaica. In: Out of Many, one People: The Historical Archaeology of Colonial Jamaica. The University of Alabama Press. p. 1-20.
HAUSER, Mark W.; HANDLER, Jerome. 2009. Change in Small Scale Pottery Manufacture in Antigua, West Indies. African Diaspora Archaeology Newsletter, v. 12, n. 4, p. 1.
HEATH, Barbara. 1988. Afro-Caribbean Ware: A Stud y of Ethnicity of St. Eustatiu s. Doctoral dissertation, Department of Anthropology, Uni versity of Penn sylvania, Philadelphia. University Microfilms International, Ann Arbor, MI.
HEATH, Barbara. 1999. Yabbas, monkeys, jugs, and jars: A historical context for African Caribbean potterys on St Eustatius. In Havasier, J. (ed.), African Sites Archaeology in the Caribbean, Ian Randle Publishers, Kingston, Jamaica.
INGOLD, Tim. 2000. The perception of the environment: essays on livelihood, dwelling and skill. Routledge.
INGOLD, Tim. 2011. Being alive: Essays on movement, knowledge and description. London: Routledge.
INGOLD, Tim. 2012. Trazendo as coisas de volta à vida: emaranhados criativos num mundo de materiais. Horizontes antropológicos, 18(37), pp.25-44.
KARASCH, Mary C. 2000. A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850). In: A vida dos escravos no Rio de Janeiro (1808-1850).
LIMA, Tania Andrade; SOUZA, Marcos André Torres de; SENE, Glaucia Malerba. 2014. Weaving the Second Skin: Protection Against Evil Among the Valongo Slaves in Nineteenth-Century Rio de Janeiro. Journal of African Diaspora Archaeology and Heritage, v. 3, n. 2, p. 103-136, 2014.
MONARCHISTA SANTARENO. 1860, 15 de Set. Arquivo Público do Estado do Pará.
MUNIZ, Tiago Silva Alves. GOMES, Denise Maria Cavalcante. 2017. Identidades Materializadas na Amazônia Colonial: a Cerâmica dos Séculos XVIII e XIX do Sítio Aldeia, Santarém, PA. Vestígios – Revista Latinoamericana de Arqueologia Histórica.
NAUM, Magdalena. 2013. The malady of emigrants: Homesickness and longing in the colony of New Sweden (1638–1655). In: Archaeologies of Mobility and Movement. Springer, New York. p. 165-177.
O BAIXO AMAZONAS. 1872a, 06 de Jul. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
O BAIXO AMAZONAS. 1872b, 05 de Out. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
O BAIXO AMAZONAS. 1872c, 17 de Jul. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
O BAIXO AMAZONAS. 1872d, 14 de Set. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
O BAIXO AMAZONAS. 1878, 12 de Out. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
O BEIJA-FLOR. 1851, 19 de Jan. Biblioteca Arthur Viana. Fundação Cultural do Estado do Pará.
OLSEN, B., 2010. In defense of things: archaeology and the ontology of objects. Rowman Altamira.
QUEIROZ, Jonas Marçal de; GOMES, Flávio dos Santos. 2002. Amazônia, fronteiras e identidades: Reconfigurações coloniais e pós-coloniais (Guianas-séculos XVIII-XIX). Lusotopie, v. 9, n. 9, p. 25-49.
SALLES, Vicente. 1971. O negro no Pará sob o regime da escravidão.
SLAVE VOYAGES. 2019a. Voyages - Trans-Atalntic Slave Trade Database. Banco de dados: Estimativas. Viagens: O Banco de Dados do Tráfico de Escravos Transatlântico. Disponível em: http://www.slavevoyages.org/estimates/pdUdpgwj Acesso em maio de 2019.
SLAVE VOYAGES. 2019b. Trans-Atlantic Slave Trade Database. Banco de dados. Viagens: O Banco de Dados do Tráfico de Escravos Transatlântico. Disponível em: https://www.slavevoyages.org/voyage/database. Acesso em maio de 2019.
SOUZA, Marcos André Torres de; SYMANSKI, Luís Cláudio Pereira. 2009. Slave communities and pottery variability in Western Brazil: the plantations of Chapada dos Guimarães. International Journal of Historical Archaeology, v. 13, n. 4, p. 513-548.
SOUZA, Marcos André Torres de. 2013. Por uma arqueologia da criatividade: Estratégias e significações da cultura material utilizada pelos escravos no Brasil. Objetos da Escravidão: abordagens sobre a cultura material da escravidão e seu legado, pp.11-36.
SYMANSKI, Luis Cláudio Pereira & GOMES, Denise Maria Cavalcante. 2012. Mundos mesclados, espaços segregados: cultura material, mestiçagem e segmentação no sítio Aldeia, Santarém, PA. Anais do Museu Paulista, 20 (2) 53-90.
SYMANSKI, Luis Cláudio Pereira & GOMES, Denise Maria Cavalcante. 2015. Material Culture, Mestizage, and Social Segmentation in Santarém, Northern Brazil. Archaeology of Culture Contact and Colonialism in Spanish and Portuguese America. Springer International Publishing, 199-217. 2015.
SYMANSKI, Luis Cláudio Pereira. 2014. A arqueologia da diáspora africana nos Estados Unidos e no Brasil: problemáticas e modelos. Afro-Ásia, (49), pp.159-198.
TAVARES, Rufino Luis. 1876. O rio Tapajoz: memoria onde se estuda semelhante tributario do Amazonas, não só como elemento de riqueza e uma das melhores vias de communicação, como tambem porque todo o territorio que banha é o mais apropriado para o estabelecimento de colonias agricolas e industriaes. Typographia Nacional.
VERGOLINO-HENRY, Anaíza. FIGUEIREDO, A. 1990. A presença africana na Amazônia colonial: Uma notícia histórica. Belém: Arquivo Público do Pará.
WILKIE, Laura A.; FARNSWORTH, Paul. 2005. Sampling Many Pots: an archaeology of memory and tradition at a Bahamian plantation. University Press of Florida, Gainesville.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2019 Tiago Silva Alves Muniz

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.