O papel dos amontoados de conchas no sambaqui fluvial
Palavras-chave:
paleodieta, isótopos estáveis, sambaquisResumo
O estudo da construção do sambaqui fluvial Moraes, localizado no município de Miracatu (SP), identificou o papel da utilização da concha do gastrópode terrestre do gênero Megalobulimus na construção das camadas arqueológicas através da sua distribuição espacial e da análise de isótopos estáveis de 12C/13C(ä13C) e de 15N/14N (ä15N) realizados em ossos humanos arqueológicos e na carne recente de Megalobulimus sp. O presente artigo tem por finalidade apontar a complexidade da utilização de moluscos na formação do sambaqui fluvial e discutir qual o papel do Megalobulimus sp.na dieta do grupo construtor do sítio.
Downloads
Referências
BARBARENA, R. & BORRERO, L. A. 2004. Stable isotopes and faunal bones. Comments on Milner. Antiquity, 79: 191-195.
BETTINGER, R. L. 1991. Hunter-Gatherers. Archaeological and Evolutionary Theory. New York, Plenum Press.
BUIKSTRA, J. E. & CHARLES, D.K. 1999. Centering the ancestors: cemeteries, mounds, and sacred landscapes of ancient North American Midcontinent. In:ASMORE,W. & KNAPP, A. B. (eds). Archaeologies of Landscapes: Contemporary Perspectives . London, Blackwell, pp. 201-228.
DE MASI, M.A. N. 2001. Pescadores Pré-históricos da Costa Sul do Brasil.Revista Pesquisas-Antropologia, São Leopoldo, 57:1-136.
FIGUTI, L. 1992. Les Sambaquis COSIPA (4200 à 1200 ans BP): Étude de la Subsistance chez les Peuples Préhistoriques de Pêcheurs-ramasseurs de Bivalves de la Côte Centrale etl’État de São Paulo, Brésil. Tese de doutorado. Paris, Musée National d’Histoire Naturelle, Institut de Paléontologie Humaine.
FIGUTI, L. 1993. O homem pré-histórico, o molusco e o sambaqui. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 3: 67-80.
FIGUTI, L. 2004. Investigações Arqueológicas e Geofísicas dos sambaquis fluviais do Vale do Ribeira do Iguape, Estado de São Paulo. Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo. Relatório Final de Atividades do Projeto Temático. Relatório de Atividades de Auxílio à Pesquisa FAPESP. São Paulo, Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo.
FIGUTI, L. 2006. O Estudo dos Sambaquis Fluviais das Bacias do Médio Juquiá, São Lourenço e do Itariri. Relatório de Atividades de Auxílio à Pesquisa FAPESP. São Paulo, Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo.
FIGUTI, L. & KLÖKLER, D. M. 1996. Resultados preliminares dos vestígios zooarqueológicos do sambaqui Espinheiros II (Joinville, SC). Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 6: 169-187.
GASPAR, M.D. & DE BLASIS, P.A.D. 1992. Construção de sambaquis: síntese das discussões do grupo de trabalho e colocação da proposta original. Anais da VI Reunião Científica da Sociedade de Arqueologia Brasileira (SAB) - Volume 2, Rio de Janeiro, pp. 811-820.
HAYDEN, B. 2003. Hunting and feasting: health and demographic consequences. Before Farming 2002/3-4(3) www.waspjournals
HODDER, I. 1982. Symbols in Action . Cambridge, Cambridge University Press.
KELLY, R. 1995. The Foraging Spectrum. Diversity in hunter-gatherers Lifeways. Washington, Smithsonian Institution.
KLÖKER, D. M. 2001. Construindo ou Deixando um Sambaqui? Análise de Sedimentos de um Sambaqui do Litoral Meridional Brasileiro - Processos Formativos - Região de Laguna- SC.Dissertação de mestrado. São Paulo, Universidade de São Paulo.
LEVI-STRAUSS, C. 1965. Le Triangle Culinaire. l’Arc, Aix-en-Provence, 26:19-29.
LUBELL, D. & JACKES, M. 1994. The Mesolithic-Neolithic transition in Portugal: isotopic dental evidences of diet. Journal of Archaeological Science, 21: 201-216.
LUBELL, M. 2004a. Prehistoric edible land snail in the circum-mediterranean: the archaeological evidence. In: BRUGAL, J. P. & DESSE, J. (eds.). Petits Animaux et Societes Humaines: du Complement Alimentaire aux Resources Utilitaires XXIV e- Rencontres Internationales d’Archaeologie et d’Histoire d’Antibes.Antibes, Editions APDCA.
LUBELL, M. 2004b. Are land snails a signature for the Mesolithic-Neolithic transition? In: BUDJA, M. (ed.), Neolithics studies V. 11. Documenta Prehistorica, XXXI:1-24.
LUBY, E. M. & GRUBER, M.F. 1999. The dead must be fed: symbolic meanings of the shellmounds of the San Francisco Bay area. Cambridge Archaeological Journal, 9:95–108.
MAUSS, M. 1954. The Gift: Forms and Functions of Exchange in Archaic Society. New York, Free Press.
MEEHAN, B. 1982. Shell Bed to Shell Midden. Canberra, Australian Institute of Aboriginal Studies.
MIRACLE, P. 2002. Mesolithic meals from Mesolithic middens In: MIRACLE, P. & MILNER, N. (ed.).
Consuming Passions and Patterns Consumption. Cambridge, McDonald Institute for Archaeological Research/University of Cambridge, pp. 65-88.
MOSS, M. L. 1993. Shellfish gender and status on the Northwest Coast: reconciling archaeological, ethnographic, and ethnohistorical records of the Tlinglit. American Anthropologist, 95 (3): 631-652.
NISHIDA, P. 2001. Estudo Zooarqueológico do Sítio Mar Virado – Ubatuba/SP. Dissertação de Mestrado. São Paulo, Universidade de São Paulo.
NISHIDA, P. 2007. A Coisa Ficou Preta: Estudo do Processo de Formação da Terra Preta do Sítio Arqueológico Jabuticabeira II. Tese de Doutorado. São Paulo, Universidade de São Paulo.
PLENS, C. R. 2007. Sítio Moraes, uma Biografia não Autorizada: Análise do Processo de Formação de um Sambaqui Fluvial. Tese de Doutorado. São Paulo, Universidade de São Paulo.
SCHAAN, D. 2004. The Camutins Chiefdom: Rise and Development of Social Complexity on Marajo Island, Brazilian Amazon. Ph.D. Thesis, University of Pittsburgh.
VAN DER VEEN, M. 2003. When is food a luxury? World Archaeology, 34 (3): 405-427.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Cláudia R. Plens

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.