Sítios históricos em Minas Gerais

algumas reflexões sobre paisagens, territórios e cronopolíticas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.24885/sab.v35i2.925

Palavras-chave:

Sítio arqueológico, cronopolítica, paisagem

Resumo

Esse texto discute algo do conceito de sítio arqueológico histórico, considerando macro e micro escalas de observação, de concentrações de sítios similares a sítios particulares. Tendo como base sítios localizados no estado de Minas Gerais, toca em questões que envolvem noções de tempo e cronopolítica, valoração de patrimônios e violências epistêmicas, intervisibilidade e limites geográficos, paisagens e territórios, entre outros.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

ALMEIDA, Anaeli. 2012. Continuidades na mudança: um olhar arqueológico sobre os caminhos das Minas Gerais, séculos XVIII e XIX. Dissertação de mestrado. Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais. 130pp.

ALMEIDA, Anaeli. 2018. Diálogos entre Arqueologia e Antropologia: um ensaio sobre deslocamento na história do Brasil. Comunicação em VII Reunião da Sociedade de Arqueologia Brasileira - Regional Sudeste. Ouro Preto.

AMARAL, Daniella Magri. 2012. Loiça de barro do Agreste: um estudo etnoarqueológico de cerâmica histórica pernambucana. Dissertação de Mestrado. São Paulo, Universidade de São Paulo. 373pp.

AMARAL, Daniella Magri. 2019. Loiceiras, Potes e Sertões: um estudo etnoarqueológico de comunidades ceramistas no agreste central pernambucano. Tese de doutorado. São Paulo, Universidade de São Paulo. 212pp.

ARCURI, Márcia, LAIA, Paulo e SUÑER, Rodrigo. 2015. Territórios e patrimônios na lama das negociações: desafios para a museologia comunitária na Barragem de Fundão. Territórios e patrimônios na lama das negociações. Arquivos do Museu de História Natural e Jardim Botânico, Belo Horizonte, 2(1):209-244.

BEAUDRY, Mary e PARNO, Travis. 2013. Introduction: mobilities in contemporary and historical archaeology. In: BEAUDRY, Mary e PARNO, Travis (eds.) Archaeologies of mobility and movement. Nova Iorque, Springer, pp.1-14.

BEZERRA, Marcia. 2011. “As moedas dos índios”: um estudo de caso sobre os significados do patrimônio arqueológico para os moradores da Vila de Joanes, ilha de Marajó, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, 6(1):57-70.

BEZERRA, Marcia. 2018. O machado que vaza ou algumas notas sobre as pessoas e as superfícies do passado presente na Amazônia. Vestígios: Revista Latino-Americana de Arqueologia histórica, Belo Horizonte, 12(2):50-58.

BORK, Lewis. 2018. Constructing the Future History: Prefiguration as Historical Epistemology and the Chronopolitics of Archaeology. Journal of Contemporary Archaeology, 5(2): 213–302.

CAMPOS, Luana Carla. 2012. Patrimônio arqueológico da Serra da Moeda, Minas Gerais: uma unidade histórico-cultural. Revista CPC, São Paulo, 13:6-31.

CASTRIOTA, Leonardo (org.). 2019. Dossiê de tombamento de Bento Rodrigues, Belo Horizonte: UFMG.

CASTRO, José Flávio Morais. 2017. Geoprocessamento de mapas de Minas Gerais nos séculos XVIII-XIX. Belo Horizonte, Editora PUC-Minas.

CASTRO, José Flávio Morais. 2019. Atlas digital da cartografia histórica de Minas Gerais. Curitiba: Editora Appris.

CRESSEY, Pamela e STEPHENS, John. 1982. The City-Site Approach to Urban Archaeology In: Discens, Roy (ed.). Archaeology in Urban America: The Search for Pattern and Process. Academic Press, pp.41-61.

DRUMMOND DE ANDRADE, Carlos. 2017. O pico de Itabirito. Versiprosa. São Paulo: Companhia das letras.

DUNNELL Robert. 1992. The Notion Site. In: Rossignol J., Wandsnider L. (eds) Space, Time, and Archaeological Landscapes: Interdisciplinary Contributions to Archaeology. Springer, Boston, pp.21-41.

ESPAÇO COMUM LUIZ ESTRELA. 2015. Projeto de restauração do Espaço Comum Luiz Estrela. Belo Horizonte.

EREMITES DE OLIVEIRA, Jorge. 2016. Etnoarqueologia, colonialismo, patrimônio arqueológico e cemitérios Kaiowá no estado de Mato Grosso do Sul, Brasil. Revista de Arqueologia, São Paulo,.29(1):136-160.

FABIAN, Johannes. 2013.O tempo e o outro: como a antropologia estabelece seu objeto. Petrópolis, Editora Vozes.

GALEANO, Eduardo. 2013. As veias abertas da América Latina. Tradução de Sergio Faraco. Porto Alegre, L&PM.

GONZÁLEZ-RUIBAL, Alfredo. 2008. De la etnoarqueología a la arqueologia del presente. In: BONET, J., et al. (org.). Mundos tribales: una visión etnoarqueológica, pp.16-27.

GONZÁLEZ-RUIBAL, Alfredo. 2014. Archaeology of resistance: materiality and time in an African borderland. Maryland, Eowman & Littlefield.

GUIMARÃES, André Rezende. 2008. Inácio de Souza e os falsários do Paraopeba: Minas Gerais nas redes mundializadas do século XVIII. Dissertação de mestrado. Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais. 299pp.

GUIMARÃES, Carlos Magno. 2003. Água: força, equipamentos, artes e ofícios. MAO - Museu de Artes e Ofícios - Jardim das Energias Ofícios de Madeira, Belo Horizonte, 11 – 31.

GUIMARÃES, Carlos Magno e LANNA, Ana. 1980. Arqueologia de quilombos em Minas Gerais. Pesquisas: Série Antropológica, 31:147-164.

GUIMARÃES, Carlos Magno; NASCIMENTO, Évelin; VELOSO, Grabriela. 2007. Arqueologia e campesinato: vestígios de uma categoria social. Vestígios: Revista Latino-Americana de Arqueologia Histórica, Belo Horizonte, 1(1):93-131.

GUIMARÃES, Carlos Magno, ZARANKIN, Andrés, CAMPOS, Luana Carla Martins, PEREIRA, Anderson Barbosa Alves. 2008. Patrimônio Arqueológico da Serra da Moeda e Entorno. In: SOLÁ, Maria Elisa Castellanos; GUIMARÃES, Carlos Magno; PAIVA, José Eustáquio Machado de. (Org.). Patrimônio Natural-Cultural e Zoneamento Ecológico-Econômico da Serra da Moeda: uma contribuição para sua conservação, v.1, pp.157-348.

HAESBAERT, Rogério. 2011 [1958].. O mito da desterritorialidade: do fim dos territórios à multiterritorialidade. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil.

HAMILAKIS, Yannis e ANAGNOSTOPOULOS, Aris. 2009. What is archaeological ethnography?, Public Archaeology, 8(2-3):65-87.

HAMILAKIS, Yannis. 2011. Archaeological ethnography: a multitemporal meeting ground for archaeology and anthropology, Annual Review of Anthropology, 40: 399–414.

HECKENBERGER, Michael. 2001. Estrutura, história e transformação: a cultura xinguana na longue durée, 1000-2000D.C. In: FRANCHETTO, Bruna & HECKENBERGER, Michael (org.). Os povos do Alto Xingu–história e cultura, Rio de Janeiro, Editora da UFRJ, pp. 21-62.

HECKENBERGER, Michael. 2005. The Ecology of Power: culture, place, and personhood in the Southern Amazon, A.D. 1000-2000. Londres, Routledge.

HISSA, Sarah. 2016. Dando tempo ao tempo, na arqueologia. Revista de Arqueologia, São Paulo, 29(1):188–202.

HISSA, Sarah e ALMEIDA, Anaeli. 2014. Patrimônio cultural: entre o recurso e valores alternativos. Museologia e Patrimônio, 07(11):33-52.

HARVEY, David. 2013. O novo imperialismo. São Paulo, Edições Loyola.

INGOLD, Tim. 1993. Temporality of the landscape. World Archaeology, 25:2, 152-174.

INGOLD, Tim. 2011. Being alive: essays on movement, knowledge and description. Londres, Routledge.

JOHNSON, Mathew. Ideas of landscape. 2007. Oxford, Blackwell publishing.

KLINKE, Ian. 2012. Chronopolitics: a conceptual matrix. Progress in Human Geography, 37(5):673–690.

LABORATÓRIO DE ARQUEOLOGIA DA UFMG. 2013. Pesquisa Histórico-Arqueológica sobre Aredes – Município de Itabirito / MG. Belo Horizonte, 2010.

LABORATÓRIO DE ARQUEOLOGIA DA UFMG. 2013. Arqueologia da Chacrinha dos pretos, Belo Vale, MG. Belo Horizonte, LA-UFMG.

LEMOS, Caroline Murta. 2014. Se me der licença, eu entro; se não der, eu vou embora: patrimônio e identidade na comunidade quilombola Chacrinha dos Pretos, Belo Vale, MG. Dissertação de mestrado. Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais. 145pp.

LIGHTFOOT, Kent. 1995. Culture contact studies: redefining the relationship between Prehistoric and Historical Archaeology. American Antiquity, 60(2): 199-217.

LIMA, Déborah, NASCIMENTO, Évelin e FILHO, Maurício. 2013. Em busca do tempo da escravidão: patrimônio histórico e memória coletiva na comunidade quilombola Chacrinha dos Pretos. In: Camilla Agostini. (Org.). Objetos da Escravidão: abordagens sobre a cultural material da escravidão e seu legado. Belo Horizonte: 7Letras, pp. 305-336.

LUCAS, Gavin. 2005. The archaeology of time. Abingdon, Routledge.

LUCAS, Gavin. 2006. Historical archaeology and time. In: HICKS, D.; BEAUDRY, M. The Cambridge Companion to Historical Archaeology. Cambridge, Cambridge University Press, pp. 34-47.

MIRANDA, Marcos Paulo. s/d. Breves considerações históricas sobre o antigo uso de valos para a demarcação de divisas entre propriedades em Minas Gerais. Núcleo de pesquisas arqueológicas do Alto Rio Grande: proteção arqueológica e ambiental.

MIRANDA, Marcos Paulo de Souza; ALVARENGA, Luciano J. 2016. Por entre valos e muros de pedra: fundamentos para salvaguarda e musealização de paisagens culturais em Minas Gerais. Revista Museu, n. esp.

MIRANDA, Marcos Paulo e ALVARENGA, Luciano. 2020. Fundamentos e Institutos Jurídicos para Salvaguarda dos Valos Divisores e Muros de Pedra Históricos. Doutrina: Revista Magister de Direito Ambiental e Urbanístico, 87:115-137.

MORAIS, José Luís. 2000. Tópicos de arqueologia da paisagem. Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia, São Paulo, 10: 3-30.

MOREIRA, Juliana. 2015. Arquitetura que enlouquece: Poder e Arqueologia. Dissertação de Mestrado. Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais. 139pp.

NORUM, R. e MOSTAFANEZHAD, M. 2016. A chronopolitics of tourism. Geoforum, 77:157–160.

OLIVIER, Laurent. 2004. The past of the present. Archaeological memory and time. Archaeological Dialogues, 10(2), 204 – 213.

O’BRIEN, M. e LYMAN, R., 2006. Measuring Time with Artifacts: A History of Methods in American Archaeology, University of Nebraska Press.

OLSEN, Bjørnar e PÉTURSDÓTTIR, Dora (Eds.). 2014. Ruin memories: materialities, aesthetics and the archaeology of the recent past. Nova Iorque, Routledge.

ORSER, Charles. 1996. A historical archaeology of the modern world. Nova Iorque, Springer.

RATHJE, William. 1978. Archaeological ethnography... Because sometimes it is better to give than to receive. In: GOULD, Richard (ed.). Explorations in ethnoarchaeology. Albuquerque: University of New Mexico Press, pp.49-76.

REIS, Flávia. 2007. Entre faisqueiras, catas e galerias: explorações do ouro, leis e cotidiano nas Minas do século XVIII (1702-1762). Dissertação de mestrado. Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais. 299pp.

SANTOS, Milton. 2006. A Natureza do Espaço: Técnica e Tempo, Razão e Emoção. São Paulo, Editora da Universidade de São Paulo.

SILVA, André e FAULHABER, Priscila. 2020. Bento Rodrigues e a memória que a lama não apagou: o despertar para o patrimônio na (re)construção da identidade no contexto pó-desastre. Boletim do Museu Paraense Emílio Goeldi. Ciências Humanas, Belém, 15(1):01-15.

SOUZA, Marcos André Torres. 2017. A arqueologia dos grupos indígenas em contextos históricos: problemas e questões. Revista de Arqueologia, São Paulo, 30(1):144-153.

SOUZA, Rafael Abreu. 2017. Um lugar na caatinga: consumo, mobilidade e paisagem no semiárido do Nordeste brasileiro. Tese de doutorado. Campinas, Universidade Estadual de Campinas.

STASKI, Edward. 1982. Advances in urban archaeology. In: SCHIFFER, Michael B. (ed.). Advances in archaeological method and theory. New York: Academic Press, V.5, pp. 97-149.

TAMM, M. e OLIVIER, L. (ed.). 2019. Rethinking Historical Time: New Approaches to Presentism. Londres, Bloomsbury Publishing Plc.

TOBIAS JR, Rogério. NASCIMENTO, Évelin e RODRIGUES, Igor. 2015. Contexto arqueológico e longa duração nas serras do Paraopeba, Negra e do Itabira, MG. In: Geossistemas Ferruginosos do Brasil: áreas prioritárias para conservação da diversidade geológica e biológica, patrimônio cultural e serviços ambientais. Belo Horizonte, i3 Editora, pp. 429-463.

VALLE, Raoni; LÓPEZ; Gori-Tumi Echevarría, TUYUKA, Poani HiginoTenório e MUNDURUKU, Jairo Saw. 2018. What is anthropogênic? On the cultural aetiology of geo-situated visual imagery in indigenous Amazonia. Rock Art Research, 35(2):123-144.

VALTONEN, Anu. 2004. Rethinking Free Time: A Study on Boundaries, Disorderand Symbolic Goods. Helinki, HeSE.

WALLIS, G., 1970. Chronopolitics: The Impact of Time Perspectives on the Dynamics of Change. Social Forces, 49(1):102-108.

WITMORE, Christopher. 2013. Which Archaeology? A Question of Chronopolitics. In: GONZÁLEZ-RUIBAL, Alfredo (ed.) Reclaiming Archaeology: Beyond the Tropes of Modernity. Londres, Routledge, pp. 130-44.

WITMORE, Christopher. 2014. Chronopolitics and archaeology. In C. Smith (ed.), The Encyclopedia of Global Archaeology, Nova Iorque, Springer, pp. 1471-1476.

ZEDEÑO, María Nieves. 1997. Landscapes, land use, and the history of territory formation: An example from the Puebloan Southwest. Journal of archaeological method and theory, 4(1):67-103.

ZHOURI, Andréa. et al. (org.). 2010. Desenvolvimento e conflitos ambientais. Belo Horizonte, Editora UFMG.

ZHOURI, Andréa. et al. (org.). 2016. Mineração na América do Sul: neoextrativismo e lutas territoriais. São Paulo, Annablume.

Downloads

Publicado

2022-06-01

Como Citar

HISSA, Sarah. Sítios históricos em Minas Gerais: algumas reflexões sobre paisagens, territórios e cronopolíticas. Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 35, n. 2, p. 154–180, 2022. DOI: 10.24885/sab.v35i2.925. Disponível em: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/925. Acesso em: 29 mar. 2024.

Edição

Seção

Artigo