Reflexões de uma arqueologia pandêmica
o papel dos afetos e das relações na prática arqueológica
DOI:
https://doi.org/10.24885/sab.v35i1.944Palavras-chave:
teoria arqueológica, relações, Pandemia Covid-19Resumo
Este texto é a materialização de angústias, afetos e reflexões causadas pelos longos dias do confinamento gerado pela pandemia da Covid-19. Pensamentos produzidos durante meus estudos arqueológicos pandêmicos, com o desenvolvimento da minha pesquisa de doutorado na quarentena. O isolamento social contribuiu para uma reflexão do protagonismo e importância das relações em nosso cotidiano, e para a própria constituição de nós mesmos, dos diferentes seres e do mundo. Algo que também pode ser pensado para a arqueologia. Uma prática arqueológica em quarentena, em completo isolamento, perde o seu sentido básico e vai contra a própria ideia do que é a arqueologia. Algo constituído pela constante intra-ação de seres, objetos, pessoas, paisagens, impulsionada pelos afetos e sensações no estabelecimento de complexas assembleias. Minha breve reflexão propõe discutir as bases da arqueologia como algo relacional e afetivo, composto pela presença de fluxos em um constante devir. Trata-se de um trabalho coletivo e plural resultante da atuação de diferentes entes, seres e pessoas.
Downloads
Referências
BARAD, Karen. Meeting the Universe Halfway: Quantum Physics and the Entanglement of Matter and Meaning. Londres: Duke University Press, 2007.
BARAD, Karen. Posthumanist performativity: towards an understanding of how matter comes to matter. Signs: Journal of Women in Culture and Society, v. 28(3), p. 801–31, 2003.
DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Mil Platôs. Capitalismo e Esquizofrenia 2. Vol. 2. Tradução de Ana Lúcia de Oliveira, e Lucia Leão. São Paulo: Editora 34, 1997.
EDGEWORTH, Matt. Follow the Cut, Follow the Rhythm, Follow the Material. Norwegian Archaeological Review, v. 45, n.1, p. 76-92, 2012.
HEIDEGGER, Martin. El ser y el Tiempo. Traducción de José Gaos. 20ª edición. Ciudad de México: Fondo de Cultura Económica, 2018.
INGOLD, Tim. Estar Vivo. Ensaios sobre Movimento, Conhecimento e Descrição. Petrópolis: Editora Vozes, 2017.
PELLINI, José Roberto. Senses, Affects and Archaeology: Changing the Heart, the Mind, and the Pants. Cambridge: Cambridge Scholars Publishing, 2018.
PELLINI, José Roberto. Sueño y catarsis: hacia una arqueología post-humanista. In: TANTALEÁN, Henry; GNECCO, Cristóbal (ed.). Arqueologías Vitales. Madrid: JAS Arqueología S.L.U., 2019. p. 91-122.
TANTALEÁN, Henry; GNECCO, Cristóbal. (ed.). Arqueologías Vitales. Madrid: JAS Arqueología S.L.U, 2019.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Daniel Grecco Pacheco

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 4.0 International License.