Arquitetura que enlouquece
DOI:
https://doi.org/10.24885/sab.v29i1.450Palavras-chave:
Arqueologia da Arquitetura, Hospital de Neuro-psiquiatria Infantil, Discursos de PoderResumo
Considerando que a loucura é uma construção social, observamos, ao longo da história ocidental, variadas formas de segregar aqueles sujeitos considerados improdutivos e de comportamento desviante, dentre as quais os manicômios
constituem-se num exemplo significativo. Através de uma linha alternativa de estudo centrada na cultura material, propus, com essa pesquisa, discutir o processo de construção na sociedade ocidental, bem como no mundo contemporâneo, do conceito de loucura, sua caracterização como doença e as práticas desenvolvidas ao redor desta.
Nesse universo, meu objeto de estudo - o Hospital de Neuro-psiquiatria Infantil de Belo Horizonte (HNPI) - é um arquétipo cuja materialidade apresenta discursos de poder. Desse modo, por meio da leitura de sua espacialidade, foi possível compreender as estratégias de disciplinamento, controle e cura exercidas sobre as crianças ali internadas, muitas das quais sequer sofriam de algum transtorno mental. Reportagens publicadas no jornal Diário de Minas (em 1956) e no jornal Estado de Minas (em 1980), também colaboraram na construção desse mosaico que reveste o HNPI em um ambiente tipicamente manicomia.
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