Construindo paisagens como espaços sociais

o caso dos geoglifos do Acre

Autores

  • Denise Schaan Universidade Federal do Pará - UFPA
  • Miriam Bueno Universidade Federal de Goiás
  • Alceu Ranzi Universidade Federal do Acre
  • Antonia Barbosa Universidade Federal do Acre
  • Arlan Silva Universidade Federal do Acre
  • Edegar Casagrande Universidade Federal do Acre
  • Allana Rodrigues Universidade Federal do Acre
  • Alessandra Dantas Secretaria de Gestão Administrativa do Estado do Acre-SGA/AC
  • Ivandra Rampanelli Universidade Federal do Acre

DOI:

https://doi.org/10.24885/sab.v23i1.286

Palavras-chave:

geoglyphs, landscape archaeology, historical ecology

Resumo

Esse artigo dedica-se a examinar com detalhes a arquitetura monumental dos geoglifos, gigantescos espaços de sociabilidade que demarcavam lugares e disciplinavam deslocamentos na Amazônia Ocidental pré-colombiana. Esses lugares são examinados sob a perspectiva da ecologia histórica, a partir da qual se entende os fenômenos produzidos pela relação dialética entre sociedades humanas e meio ambiente e que resultam na formação das paisagens como palimpsesto de eventos através de uma linha temporal. São examinados os possíveis usos e significados desses sítios, e a importância da arqueologia e geografia histórica para o entendimento da atual configuração paisagística da região. Além disso, esse estudo contribui para a compreensão das transformações socioculturais por que passaram as sociedades amazônicas sub-andinas durante os dois últimos milênios que antecederam a conquista européia.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BALÉE, W. 2006. The research program of historical ecology. Annual review of anthropology 35: 75-98.

______. 2010. Historical ecology. Diversity 1(2): 230-203.

CALADO, M. 2009. Resenha de: Arqueologia da Amazônia Ocidental: os Geoglifos do Acre. Amazônica 1(1): 295-298.

CRUMLEY, C. L. 1994. Historical ecology. A multidimensional ecological orientation. In: CRUMLEY, C. L. (Ed.). Historical ecology: cultural knowledge and changing landscapes. Santa Fe, School of American Research Press, p p. 1-41.

CRUMLEY, C. L.; MARQUARDT, W. H. 1990. Landscape: a unifying concept in regional analysis. In: ALLEN,K. M. et al (Ed.). Interpreting space: GIS and archaeology. London, Taylor and Francis, pp. 73-79.

DARVILL, T.; THOMAS, J. 2001. Neolithic enclosures in Atlantic Northwest Europe. Oxford, Oxbow books. (Neolithic studies group seminar papers).

DENEVAN, W. 1963. Additional Comments on the Earthworks of Mojos in Northeastern Bolivia. American Antiquity 28(4): 540-545.

DIAS, O. 2006. As Estruturas Arqueológicas de Terra no Estado do Acre - Amazônia Ocidental, Brasil. Um Caso de Resiliência? In: DIAS, O. et al (Ed.). Estudos Contemporâneos de Arqueologia. Palmas, Unitins: IAB, pp. 59-168.

ERICKSON, C. et al. 2008. Zanjas circundantes: obras de tierra monumentales de Baures en la Amazonia Boliviana. Informe del trabajo de campo de la temporada 2007. Bolivia.

ERICKSON, C. L. 1995. Archaeological methods for the study of ancient landscapes of the llanos de mojos in the Bolivian Amazon. In: STAHL, P. (Ed.). Archaeology in the lowland American tropics. Cambridge, Cambridge University Press, pp. 66-95.

HECKENBERGER, M. J. et al. 2003. Amazonia 1492: Pristine Forest or Cultural Parkland? Science

:1710-1713.

NÍCOLI, I. G. 2000. Estudo de cerâmicas de sítios com estrutura de terra circulares do alto curso do rio Purus, por meio de métodos geoquímicos: Datação e caracterização. (2000). Departamento de Geoquímica, Universidade Federal Fluminense, Niteroí.

OSWALD, A. 2001. et al. The creation of monuments. Neolithic causewayed enclosures in the British isles. Swindon, English Heritage.

PÄRSSINEN, M. et al. 2003. Geometrically patterned ancient earthworks in the Rio Branco region of Acre, Brazil. Renvall Institute Publications. University of Helsinki 14: 97-133.

PARSSINEN, M. et al. 2009. Pre-Columbian geometric earthworks in the upper Purus: a complex society in western Amazonia. Antiquity 83(322):1084-1095.

RANZI, A. 2003. Geoglifos. Patrimônio cultural do Acre. Renvall Institute Publications. University of Helsinki 14:135-172.

RANZI, A.; AGUIAR, R. 2000. Registro de Geoglifos na região Amazônica – Brasil. Munda 42:87-90.

______. 2004. Geoglifos da Amazônia - Perspectiva Aérea. Florianópolis: Faculdades Energia.

RANZI, A. et al. 2007. Internet Software Programs aid in search for Amazonian Geoglyphs. Eos 88(21-22): 226,229.

SAUER, C. O. 1969. The morphology of landscape (1925). In: LEIGHLY, J. (Ed.). Land and Life: a selection from the writings of Carl Ortwin Sauer. Berkley/Los Angeles, University of California Press, pp. 315-350.

SCHAAN, D. P. 2006. Manejo ecológico e o desenvolvimento de sociedades complexas na ilha de Marajó, Brasil. In: MORCOTE, G. et al (Ed.). Pueblos y Paisajes Antiguos de la Selva Amazónica. Bogotá, Washington: Taraxacum, pp. 349-365.

______. 2007. Arqueologia do Acre. História e História. http://www.historiaehistoria.com.br/materia.cfm?tb=arqueologia&id=16.

______. The nonagricultural chiefdoms of Marajó Island. In: SILVERMAN, H.; ISBELL, W. (Ed.). Handbook of South American Archaeology. New York, Springer, 2008. pp. 339-357.

______. 2009. Paisagens, imagens e memórias da Amazônia pré-colombiana. In: SILVEIRA, F. L. A. d.; CANCELA, C. D. (Ed.). Paisagem e Memória. Belém, Edufpa, pp. 7-20.

SCHAAN, D. P.; PLENS, C. R. 2005. Diagnóstico sobre a situação do Patrimônio Arqueológico na Área de Implantação das Linhas de Transmissão LT 138 kv Epitaciolância/ Rio Branco e LT 69 kv Rio Branco/ Sena Madureira (incluindo áreas das subestações). Museu Paraense Emílio Goeldi. Relatório inédito. Belém, Junho.

Downloads

Publicado

2010-06-30

Como Citar

SCHAAN, Denise; BUENO, Miriam; RANZI, Alceu; BARBOSA, Antonia; SILVA, Arlan; CASAGRANDE, Edegar; RODRIGUES, Allana; DANTAS, Alessandra; RAMPANELLI, Ivandra. Construindo paisagens como espaços sociais: o caso dos geoglifos do Acre. Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 23, n. 1, p. 30–41, 2010. DOI: 10.24885/sab.v23i1.286. Disponível em: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/286. Acesso em: 13 maio. 2024.

Edição

Seção

Artigo

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)