Concepções estéticas dos conjuntos gráficos da tradição planalto, na região de diamantina (Brasil Central)

Autores

  • Vanessa Linke Museu de História Natural/ UFMG.
  • Andrei Isnardis Museu de História Natural/UFMG.

DOI:

https://doi.org/10.24885/sab.v21i1.238

Palavras-chave:

Arte rupestre, Tradição Planalto, estética, Brasil Central

Resumo

A Tradição Planalto se caracteriza pelo amplo predomínio de grafismos zoomorfos, sobretudo de representações de cervídeos e peixes, de elaboração monocrômica. Ao mesmo tempo em que se vê uma notável unidade temática, a Tradição apresenta variantes estilísticas regionais e modificações estilísticas ao longo do tempo. Tomamos para análise aqui os conjuntos gráficos atribuíveis à Tradição Planalto da região de Diamantina (no centro de Minas Gerais). Após uma discussão sobre os conceitos e noções teóricas que orientam a pesquisa, abordamos os grafismos dando relevo aos conjuntos crono-estilísticos internos à Tradição, considerando as concepções estéticas peculiares a cada conjunto e a estética final dos painéis, resultante da interação entre esses. Através de uma análise que combina informações de cronologia relativa, forma de construção gráfica das figuras e observação sistemática das relações entre as figuras podemos tanto enriquecer a caracterização dos conjuntos, quanto discutir questões referentes à concepção das figuras por seus autores e às relações diacrônicas entre conjuntos de grafismos (e entre seus autores).

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

BELTRÃO, M. C. 1994. A Visão Sócio-astronômica do Homem Pré-histórico através de Pinturas Rupestres. Reunião da Associação Brasileira de Antropologia, Niterói, 19: 107.

BELTRÃO, M. C.; NEME, S. M. N.; ANDRADE, C.O. L. C. de & DORIA, F. A. de M A. 1991. Projeto Central: Primeiros Resultados. Clio, Série Arqueológica (Anais do Primeiro Simpósio de Pré História do Nordeste Brasileiro), Recife, 4: 39-47.

BERRA, Júlia. 2003. A Arte Rupestre na Serra do Lajeado, Tocantins. Dissertação de Mestrado, São Paulo, Universidade de São Paulo.

DOSSIN, Ivo Antônio; DOSSIN, Tania Mara; CHAVES, Mário Luis de S. C. 1990. Compartimentação Estratigráfica do Supergrupo Espinhaço em Minas Gerais - Os Grupos Diamantina e Conselheiro Mata. Revista Brasileira de Geociências. São Paulo, 20: 35-62.

GEERTZ, C. 1978. A Interpretação das Culturas. São Paulo, LTC.

GUIDON, N. 1991. Peintures Préhistoriques du Brésil. Paris, Recherche Coopérative sur Programme, ADPF.

HODDER, I. 1990. Style as Historical Quality. In: CONKEY, M & HASTORF, C. (Eds) Uses of Style in Archaeology. Cambridge, Cambridge University Press.

ISNARDIS, A. 2004. Lapa, Parede, Painel. A Distribuição Geográfica das Unidades Estilísticas de Grafismos Rupestres do Vale do Rio Peruaçu e suas Relações Diacrônicas (Alto-Médio São Francisco, Norte de Minas Gerais). Dissertação de Mestrado, São Paulo, Universidade de São Paulo.

LINKE, V. 2008. Paisagens dos Sítios de Pintura Rupestre da Região de Diamantina – Minas Gerais. Dissertação de Mestrado. Belo Horizonte, Universidade Federal de Minas Gerais.

MACHADO, J. S. 2005. Montículos Artificiais na Amazônia Central: Um Estudo de Caso do Sítio Hatahara. Dissertação de Mestrado. São Paulo, Universidade de São Paulo.

MARTIN, G. 1997. Pré-História do Nordeste do Brasil. Recife, UFPE.

MARTIN, G. 1984. Amor, Violência e Solidariedade no Testemunho da Arte Rupestre Brasileira. Clio, Série Arqueológica. Recife, 6: 27-37.

PESSIS, A. 2003. Imagens da Pré-História. Parque Nacional Serra da Capivara. FUMDHAM/Petrobrás.

PESSIS, A. 1993. Registros Rupestre, Perfil Gráfico e Grupo Social. Clio, Série Arqueológica. Recife, 9: 35-68.

PESSIS, A. 1992. Identidade e Classificação dos Registros Gráficos Pré-históricos do Nordeste do Brasil. Clio, Série Arqueológica. Recife, 8: 35-68 .

PROUS, A. 1999. As Categorias Estilísticas nos Estudos da Arte Pré-histórica: Arqueofatos ou Realidades? Revista do Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. São Paulo, Suplemento 3: 251-261.

PROUS, A. 1992. Arqueologia Brasileira. Brasília, Ed UnB.

PROUS, A. & BAETA, A. 1992/3. Elementos de Cronologia, Descrição de Atributos e Tipologia. Arquivos do Museu de História Natural da UFMG – Santana do Riacho, tomo 2. Belo Horizonte, XIII: 241-332.

PROUS, A. & JUNQUEIRA, P. 1995. Rock Art of Minas Gerais, Central Brazil. Bolletino del Centro Camuno di Studi Preistorici. Capo di Ponte, 28: 75-86.

PROUS, A. LANNA, A. L. D. & PAULA, F. L. 1980. Estilística e Cronologia na Arte Rupestre de Minas Gerais. Pesquisas- Série Antropologia. São Leopoldo, 31: 121-146.

RIBEIRO, L. 2006. Os Significados da Similaridade e do Contraste entre os Estilos. Um Estudo Regional das Gravuras e Pinturas do Alto-Médio São Francisco. Tese de Doutoramento. São Paulo, Universidade de São Paulo.

SAADI, Allaoua. 1995. A Geomorfologia da Serra do Espinhaço em Minas Gerais e de suas Margens. Geonomos. Belo Horizonte, 3: 41-66.

SAUSSURE, F. 1994. Curso de Lingüística Geral. São Paulo, Cultrix.

SCHAAN, D. 2005. Uma Janela para a História Pré-colonial da Amazônia: Olhando Além – e Apesar – das Fases e Tradições. In: Anais Eletrônicos do XIII Congresso da SAB: arqueologia, patrimônio e turismo. Campo Grande, Sociedade de Arqueologia Brasiliera.

SCHMITZ, P. I. 1997. Serranópolis II - As Pinturas e Gravuras dos Abrigos. São Leopoldo, Instituto Anchietano de Pesquisas/UNISINOS.

TILLEY, C. 1991. Material Culture and Text: The Art of Ambiguity. London, Routledge.

TORRENCE, R. & VAN DER LEEUW, S.. 1989. Introduction: What ́s New About Innovation. In: VAN DER LEEUW, S. E. & TORRENCE, R. (Org). What ́s New? A Closer Look at the Processs of Inovation. London, Unwin Hyman, pp. 1-15.

Downloads

Publicado

2008-06-30

Como Citar

LINKE, Vanessa; ISNARDIS, Andrei. Concepções estéticas dos conjuntos gráficos da tradição planalto, na região de diamantina (Brasil Central). Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 21, n. 1, p. 27–43, 2008. DOI: 10.24885/sab.v21i1.238. Disponível em: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/238. Acesso em: 12 fev. 2025.

Edição

Seção

Artigo

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)