Análise intra-sítio do sítio Justino, baixo São Francisco

As fases ocupacionais

Autores/as

  • Marcelo Fagundes Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri

DOI:

https://doi.org/10.24885/sab.v23i2.300

Palabras clave:

Análise intra-sítio, Sistema de Assentamento, Xingó

Resumen

O presente artigo é fruto da tese de doutoramento intitulada Sistema de assentamento e tecnologia lítica: organização tecnológica e variabilidade no registro arqueológico em Xingó, Baixo São Francisco, Brasil, a qual teve como objetivo apresentar os resultados alcançados por meio de pesquisas sistemáticas de campo, laboratório e gabinete, que, interligadas, coligiram dados responsáveis por uma compreensão mais assertiva sobre o modo de vida e dinâmica cultural dos grupos pré-históricos que ocuparam a Área Arqueológica de Xingó durante quase oito milênios. Esse artigo, por sua vez, tem como objeto a compreensão de como as populações pré-históricas que ocuparam a região estabeleceram seu sistema regional de assentamento em terraço, tendo como hipótese norteadora que todos os sítios contemporâneos estariam conectados entre si no chamado complexo situacional de sítios. Para tanto foi utilizada a análise intra-sítio tendo como modelo gravitacional o sítio Justino, de forma a elucidar o sistema de assentamento regional. Em relação ao referencial teórico, foram utilizados múltiplos conceitos e abordagens que convergiram para a compreensão da paisagem enquanto construção social que, dotada de valores e significados, pode ser compreendida como o loci de ocupação continuada, ou lugares persistentes. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

AB’SABER, A. N. 1989. Paleoclimas quaternários e pré-história da América tropical. Dédalo (publicações avulsas), pp.9-25. AB’SABER, A. N. 2002. O homem dos terraços de Xingó. IN:

alvamento Arqueológico de Xingó – Relatório Final. São Cristóvão: MAX/UFS, pp.16-26.

AB’SABER, A. N. 2003. Os domínios da natureza no Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo, Ateliê.

BAMFORTH, D. et al 2005. Intrasite spatial analysis, ethnoarchaeology, and Paleoindian land-use on the Great Plains: the Allen site. American Antiquity, 70 (03), pp.561-580.

BINFORD, L. 1982.The Archaeology of place. Journal of Anthropological Archaeology, 01, pp. 05-31.

BINFORD, L. 1992. Seeing the present and interpreting the past – and keeping things straight. IN: ROSSIGNOL, J. & WANDSNIDER, L. Space, time and archaeological landscapes. New York, Plenum, pp. 43-59.

BINFORD, L. 2001. Constructing frames of reference – an analytical method for archaeological theory building using hunter-gatherer and environmental data sets. Berkley, University of California Press.

CARVALHO, O. 2006. Contribution a L’arqueologie bresilienne: etude paleoanthropologique de eu x necrópoles de la region de Xingó, etat de Sergipe, Nord- -est du Bresil. Genève, Université e Genève, Thèse nº 3802.

CAVALCANTI, A. 2005. Jardins Suspensos do Sertão. Scientific American – Brasil, n.32.

DIAS, A. 2003. Sistemas de assentamento e Estilo Tecnológico: uma proposta interpretativa para a ocupação pré-colonial do Alto Vale do rio dos Sinos, Rio Grande do Sul. Tese de Doutoramento, São Paulo, Universidade de São Paulo.

DOMINGUEZ J. M. & BRITCHA, A. 1997. Estudos sedimentológicos a montante da UHE de Xingó.São Cristóvão: UFS/CHESF/PETROBRAS, Relatório de Consultoria, Documento 04.

FAGUNDES, M. 2007. Sistema de assentamento e tecnologia lítica: organização tecnológica e variabilidade no registro arqueológico em Xingó, Baixo São Francisco, Brasil. Tese de doutoramento, São Paulo, Universidade de São Paulo.

FAGUNDES, M. 2009. O conceito de paisagem em arqueologia – os lugares persistentes. Holos Environment, 09 (02), pp. 135-149, 2009.

FAGUNDES, M. 2010a. Entendendo a Dinâmica Cultural em Xingó na Perspectiva Inter Sítios: Indústrias Líticas e os Lugares Persistentes no Baixo Vale do Rio São Francisco, Nordeste do Brasil. Arqueologia Iberoamericana, v. 6, pp. 3–23. http://www.laiesken.net/arqueologia/

FAGUNDES, M. 2010b. Organização Tecnológica das Indústrias Líticas da Área 03 em Xingó, Baixo São Francisco, Brasil. Revista Clio – Série Arqueológica, v.25 (no prelo).

FAGUNDES, M. 2010c. Os Conjuntos Artefatuais do Sítio Curituba I, Xingó, Baixo São Francisco, Brasil. Revista Tarairiú - Revista Eletrônica do Laboratório de Arqueologia e Paleontologia da UEPB, v.01, pp.34-63.

FAGUNDES, M., MUCIDA, D. 2010. Estudo teórico sobre o uso conceito de paisagem em pesquisas arqueológicas – do contexto arqueológico ao contexto sistêmico sob a ótica dos lugares persistentes. Cinde - Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, Universidad de Manizales,08 (01), pp.203-218.

FERRING, C. R. 1984. Intrasite spatial patterning its role in settlement – subsistence systems analysis. IN: HIETALA, H. (eds.) Intrasite spacial analysis in archaeology. Cambridge, Cambridge University Press, pp. 116-126.

HITCHCOCK, R.K. 1987. Sedentism and site structure: organizational change in Kalahari residential locations.

IN: KENT, S. Method and theory for activity area research. New York, Columbia University Press, pp. 374-423.

HITCHCOCK, R. K. & BARTRAM, L. E. 1998. Social boundaries, technical system , and the use of space and technology in the Kalahari. IN: STARK, M. The Archaeology of Social Boundaries. Washington, Smithsonian Institution Press, pp. 12- 49.

KELLY, R L. 1988. The three sides of a Biface. American Antiquity, 53, pp.717-734, 1988.

KELLY, R L. 1992. Mobility/ Sedentism: concepts, archaeological measures, and effects. Annual Review Anthropology, 21, pp.43-66.

LEROI-GOURHAN, A. 1950. Le fouilles préhistoques : tecniques et méthodes. Paris, Picard.

LEROI-GOURHAN, A. 1972. Vocabulaire – fouilles de Pincevent: essai D’anacyse ethnographique dún habitat magdalenien. La section 36, CNRS, Paris.

LUNA, S. 2001. As populações ceramistas pré-históricas do baixo São Francisco – Brasil. Tese de doutoramento, Recife, Universidade Federal de Pernambuco.

MAUSS, M. 1974. Ensaio sobre as variações sazoneiras das sociedades esquimó. IN: Sociologia e Antropologia. São Paulo, Edusp, pp. 237-331.

MELLO, A. C. 2005 Uma perspectiva tecnológica para o estudo da indústria lítica dos sítios cemitérios da região de Xingó. Dissertação de Mestrado, São Cristóvão- SE, Universidade Federal de Sergipe.

MORAIS, J. L. 2006. Reflexões acerca da arqueologia preventiva. MORI, SOUZA, BASTOS & GALLO (org.). Patrimônio: atualizando o debate. Brasília: IPHAN, pp. 191-220.

MUNDAY, F. C. 1984. Middle paleolithic intrasite variability and its relationship to regional patterning.IN: HIETALA, H. (eds.) Intrasite Spacial Analysis in Archaeology. Cambridge, Cambridge University Press, pp. 32-43.

PALMEIRA, A. 1997. Os Restos alimentares faunísticos na área de Xingó. PAX/UFS, Documento 11.

PANJA, S. 2003. Mobility strategies and site structure: a case study of Inamgon. Journal of Anthropological Archaeology, 22, pp.105-125.

SANTOS, J. O.; MUNITA, C. S. 2007. Estudos arqueométricos de sítios arqueológicos do Baixo São Francisco. Aracaju: MAX/UFS.

SCHIFFER, M. 1972 Archaeological context and systemic context. American Antiquity, 37 (2), pp. 156-165.

SCHIFFER, M. 1983 Toward the identification of formation processes. American Antiquity, 48, pp. 675-706.

SCHIFFER, M. 1987. Formation processes in the archaeological record. Albuquerque, University of New Mexico Press.

SCHLANGER, S. 1992. Recognizing persistent placesin Anasazi settlement systems. IN: ROSSIGNOL & WANDSNIDER. Space, time, and archaeological landscapes. New York and London, Plenum Press, pp. 91-112.

SILVA, C. C. 1994. Análise inicial dos restos biológicos do sítio Justino. Relatório de Atividades, PAX/UFS.

SILVA, R. 2005. Cadeia operatória: a perspectiva tecnológica para ao estudo do material lítico dos sítios não especializados da região de Xingó – SE. Dissertação de Mestrado, São Cristóvão – SE, Universidade Federal de Sergipe.

SILVA-MENDES, G. 2007. Caçadores coletores na serra de Paranapiacaba durante a transição do Holoceno médio para o tardio (5920 a 1000 anos A.P.). Dissertação de Mestrado, São Paulo, Universidade de São Paulo.

VERGNE, M. C. 2004. Arqueologia do Baixo São Francisco estruturas funerárias do sítio Justino, região de Xingó, Canindé de São Francisco – Sergipe. Tese de doutoramento, São Paulo, Universidade de São Paulo.

Publicado

2010-12-30

Cómo citar

FAGUNDES, Marcelo. Análise intra-sítio do sítio Justino, baixo São Francisco: As fases ocupacionais. Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 23, n. 2, p. 68–97, 2010. DOI: 10.24885/sab.v23i2.300. Disponível em: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/300. Acesso em: 2 oct. 2025.

Número

Sección

Artigo

Artículos más leídos del mismo autor/a