Arqueología del no contacto: los pueblos indígenas no contactados y la materialidad arqueológica de bosques y plantas en la Amazonía

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.24885/sab.v35i3.975

Palabras clave:

Arqueología amazónica, Pueblos indígenas aislados, Arqueología del tiempo presente, Indigenismo

Resumen

En 1987, el gobierno brasileño hizo oficial la política del “no contacto” dirigida a los pueblos indígenas no contactados con el fin de garantizarles el derecho a la tierra y al principio de autodeterminación, es decir, el derecho político a rechazar el contacto. Esta política estuvo a cargo de la Coordinación General de Indígenas No Contactados y de Reciente Contacto, con el objetivo de producir información sobre la ubicación, la territorialidad y el modo de vida de los pueblos, evaluada a partir de los vestigios materiales identificados en sus tierras. En este contexto, nuestra propuesta considera que el análisis de la cultura material de los pueblos no contactados, que consta de artefactos, ecohechos y marcas de su interacción en y con los bosques, puede ser una práctica arqueológica. Para ello, buscamos mejorar los métodos y técnicas utilizados en el trabajo indígena y arqueológico de manera complementaria y transversal, para ampliar el estudio de estos pueblos, configurándose en una arqueología del no contacto. Este enfoque se centra en contribuir con la protección de los territorios amazónicos amenazados, muchos de los cuales están habitados por pueblos no contactados y tiene el potencial de agregar una nueva capa estratigráfica a la historia a largo plazo de esta población.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Daniel Rocha Cangussu Alves, Fundación Nacional de los Índios

Indigenista de la Fundación Nacional del Indio (FUNAI), Máster en Gestión de Áreas Protegidas en la Amazonía por el Instituto Nacional de Investigaciones de la Amazonía (MPGAP/INPA)

Laura Pereira Furquim, Universidade de São Paulo. Museu de Arqueologia e Etnologia

Arqueóloga; doutoranda no Museu de Arqueologia e Etnologia da USP. Pesquisadora do Laboratório de
Arqueologia dos Trópicos (Arqueotrop-MAE/USP) e do Núcleo de Estudos da Amazônia Indígena

Wlliam Perez, Fundación Nacional de los Índios

Indigenista en la Fundación Nacional del Indio (FUNAI). Se dedica al estudio y desarrollo de metodologías de localización y monnitoreo de los pueblos indígenas aislados en la Amazonía

Karen Gomes Shiratori, Universidad de São Paulo. Departamiento de Antropologia

Antropóloga, estudiante postdoctoral en el Departamento de Antropología de la USP. Investigador en el Centro de Estudios Amerindios (CEstA-USP) y en la Unidad Mixta de Investigación "Patrimoines locaux, environnement & globalisation" (PALOC-IRD).

Luíza Machado, Consejo Indigenista Missionero

Agente indígena del Consejo Indigenista Misionero (CIMI), estudiante de maestría en Gestión de Áreas Protegidas en la Amazonia en el Instituto Nacional de Investigaciones de la Amazonia (MPGAP/INPA).

Ana Carla Bruno, Universidad Federal del Amazonas. Instituto Nacional de Pesquisas de la Amazonía

Antropólogo/lingüista, investigador titular del Instituto Nacional de Investigaciones de la Amazonia (INPA) y profesor del programa de posgrado en Antropología Social de la UFAM.

Eduardo Góes Neves, Universidad de São Paulo. Museo de Arqueologia y Etnologia

Arqueólogo, profesor titular del Museo de Arqueología y Etnología de la USP, coordinador del Laboratorio de Arqueología de los Trópicos (Arquetrop/MAE/USP).

Citas

ALMEIDA, F., & KATER, T. As cachoeiras como bolsões de histórias dos grupos indígenas das terras baixas sul-americanas. Revista Brasileira de História, 39-67. 2017

AMORIM, F. Novos Desafios da Ação Indigenista Oficial. Em C. A. Ricardo, & F. Ricardo (Eds.), Povos Indígenas do Brasil 2011/2016 (pp. 62-66). São Paulo, São Paulo: Instituto Socioambiental. 2017

AMORIM, F. Militância de Estado: Notas preliminares sobre a formação do indivíduo indigenista-sertanista. Em L. G. Carvalho, M. Aparicio, R. E. Silva, Ciências e Sociedade Diálogos Interdisciplinares na Amazônia. Rfb Editora. 2021

ANDRADE, A. W. Arqueologia do Lixo: um estudo de caso nos depósitos de resíduos sólidos da cidade de Mogi das Cruzes em São Paulo. São Paulo: Tese de Doutorado. Museu de Arqueologia e Etnologia. Universidade de São Paulo. 2006

BALÉE, W., & ERICKSON, C. L. Time and complexity in historical ecology: studies in the neotropical lowlands. New York: Columbia University Press. 2006

BALÉE, W. Sobre a indigeneidade das Paisagens. Revista de Arqueologia, 9-23. 2008

CANGUSSU, D. Manual do Indigenista Mateiro. Dissertação (Mestrado - Programa de Pós-graduação em Gestão de Áreas Protegidas da Amazônia). INPA, 2021

CANGUSSU, D., FRANCISCATO, R., MACHADO, L., ROCHA, D. A., MIGUEL, E., & DRUMOND, M. A. Monitorando as "tiradas de mel": metodologias de proteção e conservação dos territórios dos povos indígenas isolados da Amazônia. V Simpósio brasileiro de biologia da conservação. Acesso em 20 de abril de 2021, disponível em http://grupobrasilverde.org.br/wp-content/uploads/2020/08/1.07.pdf; 2019

CENTRO DE TRABALHO INDIGENISTA. Proteção e Isolamento em Perspectiva – Experiências do Projeto Proteção Etnoambiental de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato na Amazônia / organização Conrado Rodrigo Octavio, Maria Emilia Coelho, Victor Alcântara e Silva. 1. ed. Brasília, 2021

CENTRO DE GESTÃO E ESTUDOS ESTRATÉGICOS (CGEE). Importância dos polinizadores na produção de alimentos e na segurança alimentar global. Brasília D.F. 2017

CLASTRES, P. A Sociedade Contra o Estado. Ensaios de antropologia política. Editora Ubu, 2017 (primeira publicação: 1974).

CLEMENT, C. R. 1492 and the loss of Amazonian crop genetic resources. The relation between domestication and human population decline. Economy Botany, 188-202. 1999

CLEMENT, C., & ET.AL. Origin and domestication of native Amazonian crops. Diversity, 2(1), 72-106. doi:http://dx.doi.org/10.3390/d2010072). (2010).

DINIZ, R. A besta árida: uma perspectiva "antineolítica" entre os Awá-guajá, tupi no Maranhão. Teoria & Sociedade, 24(2), 130-154. 2016;

FAGUNDES, M., & PIUZANA, D. Estudo teórico sobre o uso do conceito de paisagem em pesquisas arqueológicas. Revista Latinoamericana de Ciencias Sociales, niñez y juventud, 8(1), 205-220. 2010

FERNÁNDEZ-LÓPEZ, S. F. Alteración tafonómica y tafonomía evolutiva. Boletín de la Real Sociedad Española de Historia Natural, 100(1-4), 149-175. 2005

FRANCISCATO, R., CANGUSSU, D. Relatório da expedição "Serra do Opianes" - BAPE Bananeiras. Ministério da Justiça. Fundação Nacional do Índio, Seringueiras, RO. 2013

FUNAI. Relatório do primeiro encontro de sertanistas. Acesso em 16 de 10 de 2020, disponível em https://acervo.socioambiental.org/sites/default/files/documents/F6D00007.pdf. 1987

FUNARI, P. P. Arqueologia. São Paulo: Contexto. 2010

FURQUIM, L. P. Arqueobotânica e mudanças socioeconômicas durante o Holoceno Médio no sudeste da Amazônia. São Paulo, SP: Museu de Etnologia e Arqueologia da Universidade de São Paulo. 2018

FURQUIM, L., WATLING, J., SHOCK, M., NEVES, E. O Testemunho da Arqueologia sobre a biodiversidade, o manejo florestal e o uso do fogo nos últimos 14.000 anos de história indígena. In: Carneiro da Cunha, Magalhães e Adams (orgs.), Povos Tradicionas e Biodiversidade no Brasil. Contribuições dos povos indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais para a biodiversidade, políticas e ameaças. Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, 2021.

GALLOIS, D. T. De arredios a isolados: perspectivas de autonomia para os povos indígenas recém-contatados. Em L. D. Grupioni, Índios no Brasil (pp. 121-134). São Paulo, SP: Global Editora. 2000

GARCÍA, U. Ka'awatá, "andar na floresta": Caça e território em um grupo tupi da Amazônia. Dossiê-Amazônia: Sociedade e natureza, 17(1), 172-190. 2012

GILMORE, R. M. Fauna e etnozoologia da América do Sul tropical. Em B. G. Ribeiro, SUMA Etnológica Brasileira. Edição atualizada do Handbook of South American Indians - Etnobiologia (pp. 29-46). Petrópolis: Vozes. 1986

GONÇALVES, E., & LORENZI, H. Morfologia Vegetal: organografia e dicionário ilustrado de morfologia das plantas vasculares. (2 ed.). São Paulo: Instituto Plantarum. 2011

GONZÁLEZ-RUIBAL, A. Time to Destroy. An Archaeology of Supermodernity. Current Anthropology Volume 49, Number 2, 2008.

GOW, P. "Me deixe em paz!": Um relato etnográfico preliminar sobre o isolamento voluntário dos Mashco. Revista de Antropologia - USP, 54(1). 2011

HUBER, A. M. Pessoas falantes, espíritos cantores, almas trovões: história, sociedade, xamanismo e rituais de auto-envenenamento entre os Suruwaha da Amazônia Ocidental. Bern, Suíça: Tese de Doutorado, Universidade de Bern. 2012

ISA. Um panorama sobre os povos indígenas em isolamento na Amazônia brasileira. Em F. Ricardo, & M. Góngora, Cercos e Resistências: Povos indígenas isolados na Amazônia Brasileira (pp. 19-31). São Paulo: Instituto Socioambiental. 2019

JÁCOME, C. Dos Waiwai aos Pooco – Fragmentos de história e arqueologia das gentes dos rios Mapuera (Mawtohrî), Cachorro (Katxuru) e Trombetas (Kahu). São Paulo: Tese de Doutorado, Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo. 2017

KROEMER, G. Cuxiuara: O Purus dos indígenas. São Paulo: Edições Loyola. 1985

KROEMER, G. Kunahã made: o povo do veneno – Sociedade e cultura do povo Zuruahã. Belém, PA: Edições Mensageiro. 1994

LEVIS, C. Domestication of Amazonian Forest. Manaus: Tese de Doutorado. Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia. 2018

LÉVI-STRAUSS, C. Uso das plantas silvestres da América do Sul tropical. Em B. G. Ribeiro, SUMA Etnológica Brasileira. Edição atualizada do Handbook of South American Indians - Etnobiologia (pp. 29-46). Petrópolis: Vozes. 1986

LÉVI-STRAUSS, C. Do Mel às cinzas (Coleção Mitológicas). Cosac naify. 2005

LEROI-GOURHAN, A. Le Geste et la Parole. Tomo I e II. Paris, Albin Michel, 1964-5.

MANCHINERI, L. O Povo “Desconfiado” na Terra Indígena Mamoadate’. Em Ricardo, F. & Góngora, M. Cercos e Resistências : Povos Indígenas Isolados na Amazônia Brasileira (pp 178-181). São Paulo: ISA. 2019

MENDES DOS SANTOS G., CANGUSSU, D., FURQUIM, L., WATLING, J., NEVES, E. Pães de índio e biomassas vegetais: elos entre o passado e o presente na Amazônia indígena. Ciências Humanas, MPEG, 16(1), 2021

MILANEZ, F. Memórias Sertanistas: Cem anos de indigenismo no Brasil. São Paulo: Edições SESC. 2015

MORAES, C. P. O determinismo agrícola na arqueologia amazônica. Revista de Estudos Avançados, 29 (83), 25-43. 2015

NEVES, E. G. Arqueologia da Amazônia. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Editora. 2006

NOSSA, L. Homens Invisíveis. Rio Janeiro: Editora Record. 2007

NUNES VIDAL, & RODRIGUES VIDAL. Botánica Organografía - Quadros sinónicos ilustrados de Fanerógamos. Viçosa, MG: Editora UFV. 2004

OLIVEIRA, O. P. Sinais de Chegadas. Cuiabá: Carlini & Caniato Editorial. 2013

OLIVEIRA NEVES, L. J. . Povos Indígenas Isolados, quem são? In: Guenter Francisco Loebens; Lino João de Oliveira Neves. (Org.). Povos Indígenas Isolados na Amazônia: a luta pela sobrevivência. P. 48-79. 1ed.Manaus: Editora da Universidade Federal do Amazonas/Conselho Indigenista Missionário, 2011

O'NEALE, L. Tecelagem. Em B. G. Ribeiro, SUMA Etnológica Brasileira. Edição Atualizada do Handbook for South American Indians - tecnologia Indígena (pp. 397- 429). Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes. 1987

PEREIRA, V., & A. Demarcando vestígios: Definindo (o território de) indígenas em isolamento voluntário na Terra Indígena Massaco. São Carlos: Dissertação de Mestrado, Programa de Pós-graduação em Antropologia Social, Universidade Federal de São Carlos. 2018

POHL, H. Relatório de Identificação e Delimitação da Terra Indígena Hi-Merimã. Brasília: Ministério da Justiça. Fundação do Índio. 2000

POSEY, D. A. Etnoentomologia de tribos indígenas da Amazônia. Em B. G. Ribeiro, SUMA Etnológica Brasileira. Edição atualizada do Handbook of South American Indians - Etnobiologia (pp. 251-271). Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes. 1986

RAVEN, P. H., EVERT, R. F. & EINCHHORN, S. E. Biologia Vegetal (6 ed.). Rio de Janeiro: Guanabara Koogan. 2001

REEL, M. O último da tribo - A epopeia para salvar um índio isolado na Amazônia. São Paulo: Companhia das Letras. Regimento da FUNAI. (1993 de 12 de 21). Acesso em 07 de 07 de 2019, disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2009/Decreto/D7056impressao.htm. 2010

RENFREW, C. and BAHN, P. Archaeology Essentials. 2nd edition. Thames & Hudson, New York.

RIBEIRO, B. G. Artes têxteis indígenas do Brasil. Em B. G. Ribeiro, SUMA Etnológica Brasileira. Edição atualizada do Handbook of South American Indians - Etnobiologia (pp. 351-389). Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes. 1987

SCOTT, J. The Art of Not Being Governed: An Anarchist History of Upland Southeast Asia. Yale University Press, 2010.

SHIRATORI, K. O olhar envenenado: da metafísica vegetal Jamamadi (Médio Purus, AM). Rio de Janeiro: Tese de Doutorado, Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro. 2018

SHIRATORI, K., CANGUSSU, D., & FURQUIM, L. Life in tree scenarios: plant controversies between Jamamadi gardens and Hi-Merimã palm orchards (Middle Purus River, Amazonas, Brazil). Journal of Anthropological Archeology. No prelo

SILVA, F. A., & NOELLI, F. S. Mobility and territorial occupation of the Asurini do Xingu, Pará, Brazil: An Archaeology of the recent past in the Amazon. Latin American Antiquity, 26 Nº 44, 493-511. 2015

SMITH, B. A. Cultural Niche Construction Theory of Initial Domestication. Biological Theory. doi:10.1007/s13752-012-0028-4. 2012

SOUZA, V. C. & LORENZI, H. Botânica Sistemática: Guia ilustrado para identificação das famílias de Fanerógamas nativas e exóticas no Brasil, baseado em APG III. São Paulo: Instituto Plantarum. 2012

STEEGE, H., PITMAN, N. C., SABATIER, D., BARALOTO, C., SALOMÃO, R. P., & GUEVARA, J. E. Hyperdominance in the Amazonian tree flora. Science 342. 2013

STEWARD, J. 1941. Handbook of South American Indians. America Indigena, 1(1): 47-50.

VALENTE, R. Os fuzis e as flechas. A História de sangue e resistência indígenas na Ditadura. Companhia das Letras, 2017.

VAZ, A. Isolados no Brasil. Política de Estado: da Tutela para a política de direitos - Uma questão resolvida? Brasília: Estação Gráfica. 2011

VAZ, A. Pueblos Indígenas en Aislamiento en la Amazonía y Gran Chaco Informe regional: territorios y desarrollo – Land is Life. 2019

VIRTANEN, P. K. Redes terrestres na região do rio Purus que conectam e desconectam os povos Aruak. Em G. Mendes dos Santos & M. Aparício, Redes Arawa p Ensaios de etnologia do Médio Purus (pp. 41 - 61). Manaus: EDUA. 2016

VIVEIROS DE CASTRO, E., CAUX, C., & HEURICH, G. Araweté; um povo tupi da Amazônia. São Paulo: Edições SESC. 2017

WALLACE, S. Além da conquista - Sydney Possuelo e a luta para salvar os últimos povos isolados da Amazônia. Rio de Janeiro: Objetiva. 2011

Publicado

2022-09-30

Cómo citar

ALVES, Daniel Rocha Cangussu; FURQUIM, Laura Pereira; PEREZ, Wlliam; SHIRATORI, Karen Gomes; MACHADO, Luíza; BRUNO, Ana Carla; NEVES, Eduardo Góes. Arqueología del no contacto: los pueblos indígenas no contactados y la materialidad arqueológica de bosques y plantas en la Amazonía. Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 35, n. 3, p. 137–162, 2022. DOI: 10.24885/sab.v35i3.975. Disponível em: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/975. Acesso em: 17 sep. 2025.

Número

Sección

Artigo

Artículos más leídos del mismo autor/a