Da força repressora à coesão sutil

a arqueologia da vila operária

Auteurs

  • Cláudia Regina Plens Universidade Federal de São Paulo

DOI :

https://doi.org/10.24885/sab.v23i2.303

Mots-clés :

Arqueologia Histórica, Mata Atlântica, classe trabalhadora, vila operária, ferrovia

Résumé

A pesquisa arqueológica na vila operária de Paranapiacaba, Santo André, SP, buscou compreender como as modificações no sistema de trabalho afetaram o comportamento de um segmento da classe trabalhadora brasileira – no segundo quartel do século XIX - impulsionada pela construção da ferrovia inglesa The São Paulo Railway Co. Ltd. O tema do projeto abordou o assunto da classe trabalhadora paulista no momento de transição do trabalho escravo para o assalariado. Para tanto, teve como objeto de estudo as residências da vila ferroviária construídas a partir de 1865, para a moradia dos funcionários da companhia inglesa, brasileiros e imigrantes. As intervenções arqueológicas nas áreas de descarte residencial identificaram diferentes características. Tais resultados nos remeteram à discussão a respeito do comportamento entre as classes sociais desde o período escravocrata até o começo do século XX.

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Publiée

2010-12-30

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REGINA PLENS, Cláudia. Da força repressora à coesão sutil: a arqueologia da vila operária. Revista de Arqueologia, [S. l.], v. 23, n. 2, p. 138–155, 2010. DOI: 10.24885/sab.v23i2.303. Disponível em: https://revista.sabnet.org/ojs/index.php/sab/article/view/303. Acesso em: 2 oct. 2025.

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