Da força repressora à coesão sutil
a arqueologia da vila operária
DOI :
https://doi.org/10.24885/sab.v23i2.303Mots-clés :
Arqueologia Histórica, Mata Atlântica, classe trabalhadora, vila operária, ferroviaRésumé
A pesquisa arqueológica na vila operária de Paranapiacaba, Santo André, SP, buscou compreender como as modificações no sistema de trabalho afetaram o comportamento de um segmento da classe trabalhadora brasileira – no segundo quartel do século XIX - impulsionada pela construção da ferrovia inglesa The São Paulo Railway Co. Ltd. O tema do projeto abordou o assunto da classe trabalhadora paulista no momento de transição do trabalho escravo para o assalariado. Para tanto, teve como objeto de estudo as residências da vila ferroviária construídas a partir de 1865, para a moradia dos funcionários da companhia inglesa, brasileiros e imigrantes. As intervenções arqueológicas nas áreas de descarte residencial identificaram diferentes características. Tais resultados nos remeteram à discussão a respeito do comportamento entre as classes sociais desde o período escravocrata até o começo do século XX.
Téléchargements
Références
Webmail http://www.intercom.org.br/papers/nacionais/2003/www/pdf/2003_NP17_melo.pdf (29 de novembro de2010).
Fonte Primária
Documentos do Fundo da Câmara Municipal de São Bernardo, 1892 a 1935. Museu de Santo André, município de Santo André, SP.
Inventário e Índice do FCMSB, 1991. (Organizado por Alina Jozala Lopez). Livros de Impostos de Indústria e Profissões do FCMSB . Museu de Santo André, município de Santo André, SP.
WIEGRATZ, W. Diário do Grande ABC 09/01/2000 – Olarias. Raízza: Grande ABC: tijolo a tijolo. Empresário que atualmente trabalha com construção civil conta sua saga nas olarias da região. Walter Wiegratz.
MARQUEIZ, J. O Estado de São Paulo 03/08/69 - T. É duro ser Oleiro. José Marqueiz.
Fontes Secundárias
ANDRADE LIMA, T.; FONSECA, M. P. R. da.; SAMPAIO, A.C. de O.; FENZL-NEPOMUCENO, A..; MARTINS, A. H. D. 1989. A Tralha doméstica em meados do século XIX: reflexos da emergência da pequena burguesia do Rio de Janeiro. IN: Dédalo, São Paulo, publ. avulsa, 1: 205-230.
ANDRADE LIMA. T. BRUNO, M. C., C. FONSECA, M. P. R. da. 1996. Sintomas do modo de vida burguês no Vale do Paraíba, Séc. XIX: Fazenda São Fernando, Vassouras, RJ (Exploração Arqueológica e Museológica). IN: Anais do Museu Paulista, Nova Série, História e Cultura Material, vol. 1: 179: 206.
ANDRADE LIMA. T. 1995. Pratos e mais pratos: louças domésticas, divisões culturais e limites sociais do Rio de Janeiro, século XIX. IN: Anais do Museu Paulista, Nova Série, História e Cultura Material, vol. 3: 129-91.
ANDRADE LIMA. T. 1997. Chá e simpatia: uma estratégia de gênero no Rio de Janeiro Oitocentista.Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material, Nova Série, Vol.5, jan/ Dez:93-130.
AZEVEDO, C. M.M. 1987. Onda negra, medo branco: o negro no imaginário das elites do século XIX. Rio de Janeiro, Paz e Terra (Coleção Oficinas da História).
BACELLAR, C.A.P. 2000. A escravidão miúda em São Paulo Colonial. IN: NIZZ A DA SILVA, Maria Beatriz. Brasil: colonização e escravidão. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira. Pp.239-254.
BRANCANTE, E. da. 1981. O Brasil e a Cerâmica Antiga. São Paulo: Cia. Lithographica Ypiranga. CARLE, C.B. OLIVEIRA, A. T. D.de. 1996. O Solar da Travessa Paraíso: um exemplo de arqueologia histórica em Porto Alegre. In: Estudos Ibero-Americanos, PUCRS, v. XXII, n.1:.47-70.
CONRAD, R.1978. Os Últimos Anos da Escravatura no Brasil: 1850-1880. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira.
DEAN, W. 1996. A Ferro e Fogo. A história e a devastação da Mata Atlântica brasileira. São Paulo, Companhia das Letras.
DEETZ, J. 1977 In Small Things Forgotten. Anchor Books, New York.
FERREIRA, J., PASSARELLI, M.A.P. S. 1990. Paranapiacaba – Estudos e Memória. Santo André – PUBLIC Gráfica Fotolito Ltda.
FOUCAULT, M.1987. Vigiar e Punir: nascimento da prisão. Editora Vozes, Petrópolis, Rio de Janeiro.
HODDER, I. 1992. Theory and practice in Archaeology. (Material Cultures). Routledge, Great Britain.
MACHADO, M. H. P.T. 1994. O plano e o pânico: os movimentos sociais na década da abolição. São Paulo Edusp.
MALENTAQUI, C.de L. 1984. Plano de Preservação e Revitalização de Paranapiacaba. Monografia, Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Bráz Cubas, Mogi das Cruzes, São Paulo.
MILLER, G.L. 1980. Classification and Economic Scaling of 19th Century Ceramics. IN: Historic Archaeology, vol. 14: 1-40.
MORALES, W. F. 2000. A escravidão esquecida: a administração indígena na Vila de Jundiaí durante o século XVIII. Dissertação de Mestrado. Museu de Arqueologia e Etnologia da Universidade de São Paulo.
MOURA, C. 1988. Rebeliões da Senzala: Quilombos, Insurreições e Guerrilhas. Porto Alegre, RS, Mercado Aberto.
NEVES, L.M.B. 2000. Por detrás dos Panos: Atitudes Antiescravistas e a Independência do Brasil. IN:
NIZZ A DA. SILVA, Maria Beatriz Brasil: Colonização e Escravidão. Rio de Janeiro, Editora Nova Fronteira. Pp. 373-395.
REIS, J.J., Silva, E.1989. Negociação e Conflito. A resistência negra no Brasil escravista. São Paulo, Companhia das Letras.
SANTOS, J.M.1942. Os Republicanos Paulistas e a Abolição. São Paulo, Livraria Martins.
SCHIFFER, M. 1972. Archaeological Contextand the Systemic Context. American Antiquity 37(2): 156-165.
SOUTH, S.A. 1977. Method and Theory in Historical Archaeology.New York, Academic Press.
SYMANSKI, L.C. 1998. Espaço Privado e Vida Material em Porto Alegre no Século XIX. Coleção Arqueologia, EDIPUCRS, Porto Alegre, RS.
ZANETTINI, P. 1998. Calçada de Lorena: o caminho para o mar. Dissertação de Mestrado, Faculdade de Filosofia, Letras e ciências Humanas, Área Interdepartamental de Arqueologia, São Paulo.
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Tous droits réservés Cláudia Regina Plens 2021

Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.